in

Metade dos trabalhadores pensa deixar o emprego devido à fadiga causada por transformações

Emergn estudo mudanças organizacionais

A Emergn, empresa global de serviços digitais, acaba de divulgar os resultados do estudo “Transformation Fatigue”, que revela preocupantes sinais de desgaste entre os trabalhadores em resposta a mudanças organizacionais frequentes e mal geridas.

A pesquisa, que abrangeu líderes e gestores de empresas de grande dimensão, destaca que 50% dos trabalhadores considerou abandonar os seus empregos devido à fadiga provocada por transformações contínuas.

O estudo também revela que 60% dos funcionários relatou sentir “burnout” como resultado dessas mudanças sucessivas e 58% confessa sentir desânimo e resignação sempre que uma nova transformação é anunciada.

 

Causas da fadiga

Como principais causas desta fadiga, o estudo “Transformation Fatigue” destaca a liderança desconectada, a comunicação deficiente e a falta de programas de aprendizagem eficazes. Metade dos inquiridos aponta as falhas de liderança, especialmente a distância das chefias em relação às preocupações da equipa, como um dos principais fatores para o insucesso das transformações.

Adicionalmente, 25% dos colaboradores refere-se à falta de clareza na comunicação dos objetivos como uma preocupação significativa, sentindo-se mal informados sobre as razões que justificam as mudanças implementadas.

 

Importância das transformações

Apesar dos desafios identificados, 70% dos trabalhadores reconhece a importância das transformações bem-sucedidas para manter a competitividade no mercado. “Muitas organizações reconhecem que as transformações, quando bem executadas, são cruciais para se manterem competitivas. No entanto, as iniciativas de transformação precisam de impulso, clareza na mensagem e programas de aprendizagem que mantenham os colaboradores focados em valor e nos resultados. Os líderes têm de conseguir provar porque as empresas devem dar o próximo passo”, afirma Alex Adamopoulos, CEO da Emergn.

Outro ponto crítico identificado pelo estudo é a insatisfação com as grandes consultoras de transformação. Entre os 51% dos inquiridos que trabalharam com três das maiores consultoras globais, 87% relatou que essas empresas tiveram um impacto negativo ou nulo nas suas organizações. Apenas 13% considerou que as consultoras foram uma ajuda positiva.

Quando questionados sobre os motivos que explicam estes números, 30% dos entrevistados mencionou a falta de formação e apoio como motivo principal para a frustração. O feedback dos clientes revela também uma crescente insatisfação com as soluções padronizadas das grandes consultorias, que não criam transformações duradouras. “O que temos são exércitos de consultores com malas de executivos, que entram nas organizações e tentam, com confiança, encaixá-las num modelo de estratégia de transformação pré-definido”, indica Alex Adamopoulos. “Mas o que as organizações realmente precisam é de uma solução que funcione no seu contexto específico – precisam de ser donos da sua transformação. O volume elevado de fadiga das transformações mostra que recorrer à solução padrão das grandes consultoras não está a funcionar”.

 

Sectores com maior fadiga

O estudo revela ainda que a fadiga das transformações é mais pronunciada em sectores como o público e governamental, onde 65% dos trabalhadores afirma querer deixar os seus empregos devido às transformações frequentes, enquanto três quartos indica que tais mudanças levaram ao aumento da carga de trabalho.

Na área das vendas e marketing, menos de um quarto dos projetos de transformação é concluído com sucesso, enquanto em sectores como finanças, jurídico e recursos humanos o impacto das transformações é mínimo.

Siga-nos no:

Google News logo

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

OMC produção vestuário

China, Bangladesh e Vietname perdem quota na produção mundial de moda

JOM Alverca

Grupo JOM avança com mobilidade elétrica em parceria com a Helexia