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Mercearia está a ter cada vez menos inovação

A inovação nos produtos do espaço de mercearia está em declínio, concluem novos dados da NielsenIQ, que regista que o número total de inovações na Alemanha, França, Espanha, Itália e Reino Unido totalizou 38 mil, no ano passado. Este valor fica abaixo dos cerca de 54 mil de 2019, nota a consultora, acrescentando que esta tendência decrescente continuará em 2022.

A empresa de investigação observou que as pressões inflacionistas, a crise económica iminente, as perturbações na cadeia de fornecimento e o aumento das preocupações com os preços da energia e das mercadorias levam muitas marcas estão a “travar” o desenvolvimento de novos produtos. Em vez disso, estão a reorientar os seus esforços para a sua carteira de produtos existente.

 

Novos produtos

Os nossos últimos dados mostram que apenas uma fracção – 6% – dos compradores globais são avessos a novos produtos neste momento“, afirma Celine Grena, líder da NielsenIQ BASES Europe. “Cerca de 94% dos consumidores de produtos de grande consumo está hoje aberto a experimentar coisas novas“. Esta é uma tendência que poderia beneficiar tanto as grandes insígnias, quanto as marcas pequenas e médias, acrescenta a NielsenIQ.

De acordo com a consultora, a receita para uma inovação bem-sucedida não mudou, em resultado da pandemia ou do contexto inflacionário atual, por mais agilidade que seja necessária para ser bem-sucedida. “A experiência dos anos pandémicos não alterou a receita para o sucesso“, indica Celine  Grena. “Ainda será necessária uma boa ideia, um bom produto e uma boa estratégia de ativação para ser bem-sucedida. No entanto, a forma de agitar os ingredientes evoluiu. Para criar uma boa inovação, as marcas precisam de ser relevantes para os seus consumidores, facilitando-lhes a compreensão do que se trata e porque precisam dela. Têm de garantir que a sua inovação está a ser vista como genuína e autêntica“.

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