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Mercado global de comércio eletrónico continua a crescer

O comércio eletrónico está a crescer, a passos largos, a nível mundial , com uma taxa estimada de 17% até 2017. A Ásia possui agora 50% do mercado global de e-commerce, segundo o Global Ecommerce Report 2017, um relatório que revela as tendências, factos e números do comércio eletrónico e fornece informações sobre cada região .

Jorij Abraham, diretor geral da Ecommerce Foundation, responsável pelo estudo, afirma que  “este relatório descreve as oportunidades comerciais e os desafios para os principais mercados globais de comércio eletrónico. Enquanto a Ásia (+20%) está a crescer, a América do Sul (+16%) e o Médio Oriente e África (+11%) estão a ter um crescimento estável, mas surpreendentemente não tão rápido como a Europa (+19%)“.

O comércio eletrónico B2C global deverá chegar aos 1,84  mil milhões de dólares este ano e a Ásia-Pacífico terá a maior parcela deste negócio, com metade da receita global. Na verdade, a China continua a ter o maior mercado de comércio eletrónico B2C, com mais de 681 mil milhões de dólares, seguida pelos Estados Unidos da América, com 438 mil milhões de dólares, e pelo Reino Unido, com 196 mil milhões de dólares. Além disso, a Austrália e a Turquia mostram as maiores taxas de crescimento do volume de negócios do comércio eletrónico, com 40% e 31%, respetivamente. Ocrescimento médio estimado do comércio eletrónico em todas as regiões é de 17%.

A Europa tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) eletrónico de todas as regiões, com 4,91%, mas é acompanhada de perto pela região da Ásia-Pacífico, com 4,87%. Dos países incluídos no relatório, o Reino Unido tem o maior PIB eletrónico, com 7,9%, seguindo-se a China, com 5,8%, e a França, com 3,95%. Por outro lado, o Reino Unido tem a maior proporção de compradores: 81% da população total está presente online e 98% comprou online. Em contraste, apenas 15% da população Indonésia está online, dos quais apenas 29% compra. No entanto, a população e-shopper está a crescer mais rapidamente na Indonésia, que está a apresentar uma taxa de crescimento anual de 24,2%.

Os dados mostram que estamos num ponto muito bom. A taxa de crescimento continua a aumentar, possivelmente devido à maior saúde económica, melhorias de infraestrutura e maior aceitação cultural do comércio eletrónico. À medida que evoluímos para um mundo mais conectado, com mais pessoas com acesso à Internet, vemos novas oportunidades para criar compradores online, além de aumentar a quantidade de bens e serviços“, comenta Sara Lone, coordenadora de pesquisa da Ecommerce Foundation.

O relatório mostra uma correlação entre as tendências das redes sociais e o comércio eletrónico. Mais de 53% dos consumidores globais dizem que as redes sociais afetam os seus hábitos de compras online e mais de 34% partilha as suas compras móveis e experiências online através de redes sociais. Além disso, o Facebook continua a ser a plataforma mais popular para o feedback dos consumidores globalmente, além de ser a mais usada por todas as gerações, incluindo Baby Boomers (25%), membros da Geração X (29%) e Millennials (34%). A nível regional, o Facebook é também a plataforma mais utilizada: 85% da Europa, 76% da América do Norte, 86% da América do Sul, 94% da Ásia-Pacífico e 78% do Médio Oriente e África.

O relatório também revela que a penetração da Internet nos países inquiridos atualmente é de 66,4%, o que significa que aumentou 2,65% em relação a 2016 e cresce anualmente a uma taxa de 4%. De todos os métodos de pagamento, os cartões bancários são usados com mais frequência e 54% dos consumidores mundiais utilizaram-nos em 2016. Além disso, mais de 61% dos consumidores acreditam que as compras online economizam dinheiro e o preço é o fator mais importante ao decidir onde comprar.

Um dos principais desafios para o e-commerce global é a confiança; mais de 42% dos consumidores citam-na como a principal barreira para compras online. Portanto, é crucial para o sucesso no mercado global de comércio eletrónico criar uma atmosfera de confiança para os consumidores, especialmente os compradores transfronteiriços.

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