Nem no tempo da troika se tinham vendido tão poucos automóveis. Em abril, o comércio automóvel caiu 84,6%, devido ao encerramento dos concessionários por causa do estado de emergência. No total, só foram matriculados 3.803 veículos.
Só as vendas online e as entregas em casa evitaram que o cenário fosse ainda pior. Até ao mês passado, o recorde em termos negativos pertencia a fevereiro de 2012, quando a descida das vendas foi de 52,3% e foram vendidos 7.926 automóveis.
Mesmo assim, mais do dobro do registado agora. “Estamos numa situação mais dramática do que a que vivemos na crise de 2011, durante a qual, apesar de tudo, a nossa organização comercial se manteve ativa e havia alguma procura no mercado”, afirma Ricardo Tomaz, diretor de relações externas da SIVA, em declarações ao Dinheiro Vivo.
Face ao registado em abril, o Estado português perdeu 30 milhões de euros em receita fiscal, tendo apenas em conta imposto sobre o preço do veículo.