A Marks & Spencer (M&S) vai lançar um serviço de compras de mercearia online neste outono, competindo com outras insígnias como Waitrose, Sainsburys e Ocado.
O retalhista confirmou que uma equipa de executivos estava a elaborar um “plano de batalha” antes dos testes neste outono, permitindo que os clientes da M&S encomendem alimentos online que serão entregues em casa.
Até agora, a venda de alimentos online não fazia sentido comercial para a M&S, pois os seus clientes normalmente não gastam o suficiente em compras em cada visita para tornar o serviço lucrativo.
Recorde-se que a M&S já vende uma seleção limitada de comida e bebidas alcoólicas no seu site, mas esta seria a primeira vez que a sua oferta de supermercado mais ampla seria disponibilizada online.
A insígnia é diferente de outros retalhistas de base alimentar uma vez que tem em stock apenas 7.000 produtos em comparação com os 40.000 na maioria das lojas Tesco. Também se concentra em produtos exclusivos de marca própria, com apenas um número limitado de marcas domésticas disponíveis nas suas lojas. Não está claro como o retalhista superaria esses obstáculos se fosse oferecer aos clientes uma experiência de compra alimentar completa.
“A economia de alimentos online não é direta e não é algo que vamos apressar até que tenhamos perceção substancial do cliente e uma melhor compreensão do que é certo para a M&S e para os nossos clientes“, declarou o CEO, Steven Rowe.
Tony Shiret, analista de retalho independente, disse, por sua vez, que Steven Rowe estava finalmente “a morder a bala“. Shiret acrescentou: “se não apostam na comida online, estão a perder quota de mercado para as pessoas que o fazem. Tornou-se uma expectativa básica dos clientes“.
No entanto, o analista disse que o retalhista enfrentaria um grande desafio ao tentar tornar o serviço rentável. “Vai ser difícil para eles, porque as suas cestas de compras são pequenas, visto que as pessoas usam as suas lojas para comprar aos poucos“.
