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Mais de 30% dos portugueses fará mais compras online depois do confinamento 

Imagem Shutterstock

Mais de 50% dos portugueses afirma ter realizado mais compras online durante o confinamento, consolidando o “boom” do e-commerce e contribuindo para a reinvenção do comércio tradicional. Esta é uma das conclusões do “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós COVID-19”, realizado pela agência de RP e consultoria MARCO para conhecer a evolução dos hábitos de consumo.

Foi realizado um questionário internacional entre mais de 4.500 pessoas de Espanha, Itália, Portugal, México, Colômbia e Brasil e uma das principais conclusões aponta que 76% dos cidadãos dos países em questão mudaram definitivamente os seus hábitos de consumo.

Tal como em Portugal, a tendência para comprar online também foi relevante na América Latina (65%), em Espanha (60%) e, de forma especialmente destacada, em Itália (81%).

Depois do confinamento, 32% dos portugueses planeiam fazer as suas compras de forma online com mais frequência do que antes. Contudo, esta percentagem é a mais baixa em comparação às outras regiões e países analisados: países latino-americanos (51%), Espanha (40%) e Itália (82%).

Consequentemente, este crescimento tem um impacto no sector retalhista. Assim sendo, a tendência será uma maior aposta nas vendas e marketing online. Haverá, também, consequências na adaptação do novo modelo de logística para os retalhistas.

 

Canais de informação

Durante o confinamento, 85% dos portugueses optaram por manter-se informados através da televisão. 67% escolheu a imprensa online e 47% assinalou o Facebook também como fonte de informação. Só depois elegeram a rádio e o Whatsapp (18% cada), imprensa offline (5%) e LinkedIn (2%).

Por outro lado, também foi possível analisar as preferências dos portugueses em termos de plataformas e opções de entretenimento durante a quarentena. Assim, 83% dos portugueses afirmaram que, durante este período, conseguiu ver mais TV do que antes, 54% referiu poder dedicar mais tempo do que antes à Netflix e 34% disse ter-se ocupado mais com vídeojogos. 15% disse ter tido mais possibilidade de ver HBO e 5% a Amazon Prime Video.

Controlo dos meios de comunicação e redes sociais

Segundo os dados do “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós COVID-19”, a perceção de censura e controlo dos meios de comunicação e redes sociais, desde o início da crise, é diferente de região para região. Assim, enquanto que em Portugal apenas 30% dos portugueses acreditam que há controlo dos meios e redes sociais, em Itália e no Brasil esta percentagem já se situa nos 40% e 47%, respetivamente. Por contra, em países de língua oficial espanhola, o sentimento de que existe um controlo e censura aumenta, com o “sim” a ultrapassar mais de metade das respostas: Espanha (54%), México (59%) e Colômbia (61%).

Didier Lagae, CEO e fundador da consultora de comunicação MARCO e Global & European PR Professional of the Year 2019, sublinha que “há um ‘boom’ do e-commerce que veio para ficar. Os hábitos de consumo estão a sofrer uma transformação que será duradoura, as pessoas consomem informação através de diversos canais e é interessante vermos como a perceção de controlo e censura por parte do Estado aos meios e redes sociais varia entre as regiões que analisámos. Nota-se também um desacordo por parte dos portugueses com as medidas em torno do regresso às aulas presenciais”. 

Mais de metade dos portugueses (53%) admite não concordar com o regresso às aulas presenciais para estudantes em anos letivos específicos, como é o exemplo dos alunos dos 11.º e 12.º anos de escolaridade, enquanto os restantes alunos permanecem em regime de escola virtual.

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