A Luís Simões, operador logístico de referência na Península Ibérica, assinala as tendências que vão marcar o sector da logística nos próximos anos. Em 2019 foram distribuídos 243,9 milhões de toneladas de mercadorias por estrada em Portugal e, ainda que a pandemia tenha afetado o comércio de bens não essenciais, ao longo do último ano e meio, durante o primeiro trimestre de 2021, em pleno segundo confinamento, o transporte rodoviário de mercadorias cresceu 8,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tal como aconteceu noutros sectores, a crise sanitária obrigou as empresas de logística a reinventar-se, acelerando a sua transformação digital para que pudessem continuar a oferecer os seus serviços com a maior qualidade e segurança e ao ritmo exigido pelo mercado. “A logística tradicional já não é suficiente”m, afirma António Fernandes, diretor de inovação da Luís Simões. “Nos últimos anos, a logística 4.0 tem permitido melhorar a eficiência e agilidade dos processos e reduzir os custos. Acelerada pela pandemia, a digitalização do sector continuará a focar-se na automatização das operações, mas procurará, ao mesmo tempo, novas soluções, mais responsáveis do ponto de vista ecológico e personalizadas para satisfazer os clientes mais exigentes”.
Tendências tecnológicas
A Luís Simões destaca seis tendências-chave que vão marcar a digitalização do sector nos próximos anos: automatização das operações, Business Intelligence, análises de Big Data, inteligência artificial e algoritmos preditivos, Internet das Coisas (IoT) e cibersegurança no trabalho colaborativo entre máquinas e humanos, na automatização da gestão de armazéns, na distribuição e na reciclagem de resíduos, o que permitirá delegar as tarefas mais rotineiras às máquinas.
Paralelamente, o sector irá apostar no Business Intelligence, com novas aplicações desenvolvidas para reduzir o tempo e os recursos dedicados a cada processo, assim como aumentar a segurança, evitar erros e melhorar a rastreabilidade.
As análises de Big Data, por seu turno, irão evoluir para processos impulsionados por dados, que tiram partido do seu valor para antecipar a procura dos clientes e fazer previsões para otimizar as operações e as margens.
Já o recurso à inteligência artificial permitirá melhorar a capacidade de adaptação dos operadores a picos na procura e mudanças sazonais, enquanto a Internet das Coisas conectará veículos, infraestruturas e pessoas, para melhorar a gestão do tráfego, aumentar a eficiência dos processos remotos e reduzir as emissões poluentes.
Finalmente, o sector irá focar-se na cibersegurança como garantia da integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados, através de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial, criptografia quântica e Blockchain.