Jerónimo Martins
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Lucros da Jerónimo Martins sobem quase 60%

A Jerónimo Martins registou um resultado líquido de 140 milhões de euros, no primeiro trimestre, o que representa uma subida de 59,1% face ao homólogo de 2022.

Em comunicado, o grupo retalhista salienta a “forte dinâmica de arranque de ano, alavancada no momentum positivo das vendas”, que cresceram 23,4%, para 6,8 mil milhões de euros. Ainda assim, importa referir que os comparativos face ao ano transato tornar-se-ão mais exigentes a partir do segundo trimestre, à medida que a comparação se faça com valores de 2022 que incorporaram aumentos de preços alimentares progressivamente mais intensos”, prossegue.

 

Investimento em preço

Notando que a inflação alimentar se mantém elevada nos três mercados onde opera (Portugal, Polónia e Colômbia), o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos reitera que irá manter a sua estratégia inalterada, “com a competitividade de preços a assumir-se como variável ainda mais crítica para garantir a preferência do consumidor, proteger volumes e mitigar a tendência de ‘trading-down’”.

O investimento em preço realizado por todas as insígnias de retalho alimentar da Jerónimo Martins refletiu-se na margem EBITDA, que caiu 18 pontos base em relação ao mesmo período de 2022, para os 6,6%. O grupo ressalva, contudo, que o forte desempenho de vendas, “resultante da intensa dinâmica comercial e do reforço da competitividade dos preços das nossas insígnias”, impulsionou o crescimento do valor do EBITDA em 20,1%, para 446 milhões de euros.

 

Portugal

Nos primeiros três meses deste ano, o Pingo Doce manteve o investimento em promoções “fortes e relevantes para os consumidores”. As vendas cresceram 9,4%, para 1,1 mil milhões de euros. Numa base comparável, o crescimento foi de 8,4% (excluindo combustível). De acordo com o grupo, a taxa de crescimento foi impactada pelo efeito de “trade-down”.

No período, o Pingo Doce abriu duas novas lojas e remodelou sete localizações. Este programa de remodelações irá ser acelerado, paralelamente ao investimento na intensificação da dinâmica promocional, implementando um modelo de loja que “materializa a visão de longo prazo que se tem para o negócio, assente nas suas vantagens competitivas e nos fatores críticos de diferenciação: perecíveis, marca própria e ‘meal solutions’”. Assim, a insígnia conta remodelar até 60 lojas no ano e inaugurar cerca de 10 novas localizações.

Já o Recheio projeta que o crescimento no ano resulte do seu posicionamento competitivo no canal Horeca e também no retalho tradicional, para o que contribuirá a expansão da rede Amanhecer, que já integra mais de 500 parceiros.

No primeiro trimestre, o desempenho do sector do turismo continuou a impulsionar o crescimento do canal Horeca. A competitividade do Recheio permitiu um forte aumento das vendas, que atingiram os 295 milhões de euros, mais 29,2%. Numa base comparável, o crescimento foi de 27,1%.

O EBITDA da distribuição em Portugal foi de 77 milhões de euros, 13,5% acima do primeiro trimestre de 2022, com a respetiva margem a fixar-se nos 5,6%, em linha com o homólogo. Enquanto no Pingo Doce, a margem EBITDA desceu 13 pontos base, na sequência do investimento em preço, no Recheio subiu, “seguindo a tendência associada à recuperação da alavancagem operacional”.

 

Polónia

Na Polónia, as vendas da Biedronka cresceram, em moeda local, 28,3%, com um “like for like” de 24,5%, que também beneficiou do facto da Páscoa ter sido mais cedo que em 2022. Em euros, as vendas atingiram os 4,8 mil milhões, 26% acima de 2022.

O desempenho das vendas impulsionou o EBITDA em 22,7%, com a respetiva margem a descer 22 pontos base para 8,1%.

Por sua vez, as vendas da Hebe cresceram, em moeda local, 31,9%. Numa base comparável, o crescimento foi de 22,6%. Em euros, atingiram os 93 milhões, mais 29,5% que no mesmo período do ano anterior.

 

Colômbia

Já na Colômbia, vendas da Ara cresceram, em moeda local, 50,8%, com um “like for like” de 18,9%. Em euros, as vendas atingiram os 494 milhões, 29,4% acima.

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