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Lidl exporta 150 milhões de euros de produtos nacionais

Ao todo, 228 referências chegaram a 27 países europeus

O Lidl Portugal viu as exportações de produtos nacionais aumentar ligeiramente (pouco mais de 1%), no último ano fiscal (1 de março de 2019 a 28 de fevereiro de 2020), face aos 148 milhões de euros exportados no homólogo. Números que saem prejudicados face às estimativas iniciais, em função do excesso de produção generalizada de azeite na Europa na última campanha.

Recorde-se que o Lidl tem uma parceria rubricada com a Sovena para a exportação de azeite nacional para os diversos mercados onde a cadeia retalhista do Grupo Schwarz se encontra presente. “Se não fosse o azeite, teríamos tido um crescimento de dois dígitos no valor das exportações. O azeite, que tem um peso relevante nestas exportações, registou uma descida muito acentuada do preço no último ano fiscal”, comentou Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal numa conversa web realizada esta quarta-feira, dia 13 de maio, com jornalistas.

Os artigos exportados, no âmbito ao apoio à produção nacional, traduzem-se numa variedade alargada de produtos, num total de 228 referências (mais 12% face ao ano fiscal anterior), que chegaram a 27 dos 33 países europeus onde a insígnia se faz representar. As frutas e legumes e o bacalhau de pesca sustentável com cura portuguesa foram os artigos estrela, com crescimento de, respetivamente, 33% e 20%, com o bacalhau a atingir as 140 toneladas exportadas, com destino principal para os mercados da saudade (Suíça, França e Luxemburgo em particular), mas também para a Holanda.

Entre os artigos exportados encontra-se uma variedade alargada de produtos, como leguminosas, bacalhau, salgados, pão, piri-piri, pera rocha, couve coração, entre outros. “Presentes em mais de 30 países, somos a cadeia número um de distribuição alimentar na Europa e queremos abrir o caminho das exportações à produção nacional, ao abrir novos mercados“, reforçou o responsável.

 

Frutas e legumes lideram

No cabaz dos produtos exportados pelo Lidl, em 2019, destaca-se a exportação de 20 mil toneladas de frutas e legumes para o mercado europeu, um número recorde que representa um crescimento de 33% face ao ano anterior. Nesta categoria incluem-se produtos como a pera rocha, couve coração, frutos vermelhos, entre outros, como a laranja e o limão do Algarve, cujo início da exportação para a Alemanha foi a grande novidade na categoria em 2019.

A exportação do bacalhau de pesca sustentável, com certificação Marine Stewardship Council, teve, igualmente, um desempenho bastante positivo, ao registar um aumento de 20% face a 2018, para destinos como a Bélgica, França, Holanda e Suíça.

Mas o produto estrela das exportações do Lidl Portugal é, mesmo, a pera rocha, com quase 12 mil toneladas exportadas no último ano fiscal, seguindo-se a couve coração (3,4 mil toneladas) e os frutos vermelhos (2,3 mil toneladas). Ainda nesta área de negócio, que registou um aumento e 33% em volume face ao homólogo, a grande novidade é o alargamento da exportação do limão do Algarve, que se junta assim à laranja, com as exportações de citrinos algarvios, que receberam um packaging específico, a resultar num total de 400 toneladas colocadas nos supermercados da cadeia em solo alemão.

 

Confinamento favorável

O que ajuda a explicar, em parte, o porquê de, no período em análise, as exportações deste universo (frutas e legumes) se encontrarem a crescer 30% em volume face aos 33% apurados no último exercício fiscal.

Aos números apurados no último exercício há que detalhar a exportação de um milhão de garrafas de molho de piri-piri, diversos artigos de padaria e pastelaria, nomeadamente 26 milhões de pães, com a Broa de Milho em destaque, além de Pão da Avó,Pão Bijou, Bola de Mistura, e oito milhões de artigos de pastelaria, como Croissant Brioche e Folhado Misto.

A que se juntam os mais de três milhões de garrafas exportadas para mais de 15 países. Montante que poderá ser revisto na próxima apresentação de resultados de exportação, já que o Bruno Pereira deu a conhecer um “trabalho de aumento de visibilidade e de reforço da variedade dos vinhos portugueses” em diversos mercados. “Nas próximas semanas, poderá haver novidades“, reforçou. Atualmente, mais de metade dos vinhos exportados pela insígnia são marca própria.

Tal como a categoria de queijos, com o responsável a anunciar a negociação com diversos pequenos produtores para iniciar, num prazo de três semanas, a exportação de queijos certificados portugueses para o espaço europeu.

À semelhança, aliás, do protocolo estabelecido com a conserveira Santa Catarina, nos Açores, com vista à exportação de conservas de atum para destinos como a Alemanha, Grécia e Bélgica.

 

Logística operacional

A pandemia não tido impacto nas operações logísticas do Lidl que continua a fazer chegar os produtos aos mercados onde a insígnia se encontra presente, à exceção de “qualquer situação pontual“.

Bruno Pereira assinalou, ainda, os mais de 50% de produtos nacionais adquiridos, com especial e natural enfoque nos perecíveis, onde dois terços são de origem nacional. Já a carne sobe para 99,9%, com a única exceção de carne comercializada nas lojas Lidl e não adquirida em Portugal a ser a picanha proveniente da América do Sul.

A Alemanha continua a ser o principal mercado de destino dos produtos exportados com ação direta do Lidl Portugal, a que se juntam França, Suíça, Luxemburgo, Espanha e Reino Unido (com destaque para os vinhos portugueses). Dinamarca, Irlanda ou Polónia são países onde “existem produtos portugueses em permanência“.

O crescimento das exportações de produtos nacionais para a esfera internacional do Lidl será, sempre, por via de novas categorias e reforço dos volumes nos já exportados, fazendo, assim, valer características organoléticas únicas e diferenciadoras.

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