Oiça este artigo aqui:
O Lidl alcançou um crescimento de 6,6 mil milhões de euros no seu volume de negócios global durante o exercício financeiro de 2024/25, totalizando 125,5 mil milhões de euros em vendas.
Este desempenho representa um aumento de cerca de 5,5% face ao ano anterior e é largamente atribuído à expansão internacional da insígnia, segundo avança o Lebensmittel Zeitung.
Apesar dos desafios macroeconómicos, incluindo a inflação, o aumento dos custos logísticos e a pressão competitiva, o Lidl conseguiu manter uma trajetória ascendente, reforçando a sua posição enquanto um dos maiores grupos de retalho alimentar da Europa.
Investimento em novos mercados
De acordo com os dados revelados, o Lidl continua a expandir a sua presença internacional, nomeadamente em mercados como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Roménia e os Países Baixos, onde tem vindo a abrir novas lojas e modernizar a rede existente. Este esforço traduziu-se num aumento da penetração da marca, com especial destaque para os países da Europa Central e de Leste.
Esta expansão foi responsável por grande parte do crescimento registado, uma vez que muitos dos mercados maduros, como a Alemanha, mantiveram-se estáveis ou com crescimentos marginais, refletindo um comportamento de consumo mais cauteloso.
Resultados do Grupo Schwarz
A empresa-mãe do Lidl, o Grupo Schwarz, que também detém a insígnia Kaufland, atingiu no mesmo período um volume de negócios global de 167,2 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6,1 mil milhões de euros face a 2023/24. O Lidl representa assim aproximadamente 75% da faturação do grupo, consolidando o seu papel como a principal força de crescimento da organização.
A estratégia do Lidl segue a tendência apontada por estudos como o da IGD, que preveem que o canal discount seja o de maior crescimento no retalho alimentar físico até 2029, com uma taxa de crescimento acumulada global de 5,2%. Marcas como Lidl e Aldi deverão representar mais de 34% das vendas globais do canal discount nesse horizonte.
Perspetivas
O grupo pretende continuar a investir em expansão internacional, nomeadamente em regiões com menor penetração, como os Estados Unidos, Balcãs ocidentais e Europa Meridional. A par disso, manterá o foco na eficiência de custos, automatização de processos e reforço da sustentabilidade como pilares estratégicos.