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Sociedade vai produzir 52 milhões de toneladas de lixo eletrónico dentro de 2 anos

Pode a tecnologia ser sustentável num mundo dominado pelo consumo de gadgets digitais, cujo crescimento desenfreado é totalmente proporcional ao lixo eletrónico produzido? A resposta a esta questão é um dos grandes desafios da sociedade atual, que produziu, em 2016, 44,5 milhões de toneladas de REEE prevendo-se que, daqui a dois anos, em 2021, este valor ascenda a 52 milhões de toneladas.

A realidade e os desafios associados à problemática do lixo eletrónico, no país, na Europa e no mundo foi o tema central do “e-Waste Summit |Tecnologia Sustentável na Era Digital” que reuniu, esta semana, em Lisboa, pela primeira vez, vários especialistas na matéria, mas também académicos, ambientalistas, sector empresarial e decisores políticos, como o secretário de Estado do Ambiente, com o objetivo comum de contribuir para uma análise do panorama português no que respeita à gestão dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos – REEE.

Este momento de debate, que surge da união de esforços entre a LG Electronics Portugal e a ERP Portugal para consciencializar os portugueses para a importância de neutralizar algumas das principais ameaças ambientais, entre as quais se insere o “lixo eletrónico”, do qual apenas 15% a 20% é reciclado a nível mundial, é apenas uma das iniciativas que estas duas entidades vão levar a cabo até ao final do ano.

A organização do e-Waste Summit surge no âmbito da estratégia de responsabilidade social e corporativa da LG, cujo principal objetivo é a criação de um sistema de gestão e um portfólio que assegurem um ambiente melhor, contribuindo para que as comunidades onde operam tenham uma vida melhor, tanto a nível social como ambiental. “A estratégia de ambiental da LG, definida em 1994, procura implementar sistemas de gestão ambiental ao longo do ciclo de vida dos seus produtos, desde o seu desenvolvimento, passando pela produção, utilização e fim de vida, por forma a reduzir o impactos no ambientes decorrentes da nossa atividade”, explica o diretor de Marketing da LG Portugal, Hugo Jorge, esclarecendo que “a LG já desenvolve a nível mundial um processo de montagem para os seus televisores que é executado de forma a que o desmantelamento permita a reciclagem de grande parte dos componentes, pois estamos cientes de que o lixo eletrónico é quase 100% reciclável, desde que seja devidamente tratado”.

Por Bárbara Sousa

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