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Jovens portugueses lançam plataforma de recolha, compra e venda de roupa em segunda mão

MyCloma visa reduzir a pegada ecológica do sector têxtil em Portugal

Foto Shutterstock

Um grupo de cinco jovens empreendedores portugueses pretende mudar o paradigma da indústria têxtil em Portugal, onde atualmente se deitam mais de 200 mil toneladas de roupa no lixo por ano. Nesse sentido, acabam de lançar a MyCloma, uma plataforma online que tem como principal objetivo promover a economia circular através do prolongamento da vida útil da roupa, reduzindo, assim, o impacto ambiental.

Qualquer pessoa pode solicitar um pedido de recolha de vestuário ou acessórios que pretende vender sem sair do conforto de sua casa. Estas peças serão posteriormente validadas, fotografadas e colocadas à venda na plataforma. Caso os produtos enviados não preencham os requisitos de qualidade estipulados, o cliente tem a opção de pedir a sua devolução ou optar que a MyCloma entregue diretamente numa organização sem fins lucrativos (ONG) parceira da empresa.

Após a venda, o cliente poderá reinvestir o ganho das vendas noutros artigos ou, caso pretenda, solicitar a transferência para a sua conta bancária.

Durante a primeira fase do projeto, que decorreu no último mês, a MyCloma recebeu mais de 250 pedidos de recolha, cerca de cinco mil peças, das quais já doou mais de duas mil a associações e ONG’s. A plataforma, lançada com mais de 400 artigos, é atualizada com novos artigos diariamente.

 

Um mercado que poderá valer 57 mil milhões

O mercado online de roupa em segunda mão poderá alcançar, a nível global, os 57 mil milhões de euros, dentro de cinco anos, de acordo com um estudo ThredUp em colaboração com a GlobalData. Atualmente, vale 24.940 milhões de euros.

O estudo prevê que, em 2029, a roupa em segunda mão poderá ocupar 19% do roupeiro dos consumidores, face aos 3% de 2009.

De acordo com o estudo “A New Textiles Economy” da Fundação Ellen McArthur, o número de vezes que uma peça de roupa é utilizada diminuiu 36% desde 2004, o que significa que são gerados cada vez mais resíduos.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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