A Jerónimo Martins encerrou o primeiro trimestre com vendas consolidadas de 4,2 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 1,1% face ao período homólogo.
Em comunicado, o grupo português destaca ainda a redução de sete dias de vendas no trimestre, em função da “ausência de Páscoa e da proibição gradual de abertura ao domingo na Polónia”. A taxas de câmbio constantes, as vendas cresceram 3,2% com um Like-for-Like (LfL) neutro, enquanto o EBITDA consolidado foi de 214 milhões de euros (menos 0,6% face ao homólogo), com o resultado líquido a atingir os 72 milhões de euros, menos 14,5%, portanto, que os 85 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado.
No período a que reportam os resultados agora apresentados, a Jerónimo Martins investiu 95 milhões de euros, dos quais 46% foram alocados à Biedronka e 26% foram investidos em Portugal. A dívida líquida foi de 100 milhões de euros, com o “gearing” a cifrar-se nos 4,8%, enquanto o cash flow situa-se nos menos seis milhões de euros, o que contrasta com os menos 83 milhões de euros do primeiro trimestre do ano passado.
“Entrámos em 2019 com força e os resultados do primeiro trimestre refletem essa dinâmica. Todos os nossos negócios registaram muito bons desempenhos de vendas e de rentabilidade, que ganham ainda mais relevância num contexto de calendário negativo e de aumento do número de dias de fecho obrigatório das lojas ao domingo, na Polónia. Estou confiante na nossa capacidade de superar os desafios à vista e de continuar a crescer acima do mercado ao longo de 2019”, sustenta Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado da Jerónimo Martins.
Biedronka vale quase 70% das vendas
Por insígnia, as vendas da Biedronka subiram 2% em moeda local (menos 0,8% em euros) para os 2.922 milhões de euros, com a insígnia com que o grupo opera no mercado polaco a reclamar um peso de 68,2% para os resultados obtidos no trimestre. A Biedronka abriu, ainda, oito novas lojas e encerrou seis (duas adições líquidas).
Já as vendas da Hebe atingiram 56 milhões de euros, aumentando 23,3% em moeda local (19,8%, em euros), com um LFL de 5,4%, “mesmo apesar do menor número de dias de vendas resultante da proibição de abrir as lojas ao domingo”.
Em Portugal, onde a inflação alimentar foi de 0,9% no período, avança a empresa no comunicado enviado à CMVM, o ambiente de consumo manteve-se favorável e muito sensível às promoções, contexto no qual “o Pingo Doce continuou a alimentar a sua dinâmica comercial, crescendo as suas vendas em 2,6% para os 905 milhões de euros. Incluindo o impacto negativo do calendário, o desempenho LFL (excluindo combustível) foi de 1,6%. No primeiro trimestre, o Pingo Doce abriu duas novas lojas”.
Por sua vez, o Recheio aumentou as vendas totais em 1,9%, atingindo os 214 milhões de euros, o que representa um crescimento das vendas em 3,7% com o mesmo parque e lojas, ainda que a atividade de exportação da insígnia tenha contribuído “menos do que no período homólogo para as vendas totais da insígnia”.
Na Colômbia, as vendas da Ara atingiram 169 milhões de euros, o que redunda num aumento de 28% em moeda local (equivalente a 26,6% em euros). Em termos de lojas, a Ara abriu nove lojas no período analisado “e está preparada para executar o seu programa de expansão, acrescentando, no ano, dois centros de distribuição e cerca de 150 lojas”.