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Insolvências com crescimento homólogo de 5,7%

As insolvências aumentaram 5,7% nos primeiros 10 meses de 2020, face ao período homólogo de 2019. Contudo, o valor acumulado é inferior ao verificado no mesmo período de 2018 (-15,9%) e 2017 (-11,4%), revelam os dados da Crédito y Caución.

O mês de outubro encerrou com menos 72 insolvências que em 2019 (-11,4%), menos 153 que em 2018 (-21,5%) e menos 91 que em 2017 (-14%). As medidas de apoio às empresas e ao emprego lançadas pelo Governo podem estar a mitigar o real impacto da situação de pandemia na atividade das empresas nacionais, impedindo, até ao momento, um aumento mais acentuado das insolvências.

Os distritos de Lisboa e Porto apresentam os valores de insolvências mais elevados, com 881 e 1.108 insolvências, respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 7,8% em Lisboa e de 11,2% no Porto.

Os distritos com maiores aumentos são Castelo Branco (41,3%), Vila Real (31,4%), Faro (30,9%), Angra do Heroísmo (26,7%), Viana do Castelo (20,6%), Madeira (14%) e Évora (11,4%).

Por sua vez, os dados de insolvência decrescem face a 2019 em oito distritos: Guarda (-26,3%), Coimbra (-24,2%), Horta (-16,7%), Portalegre (-15,4%), Aveiro (-8,3%), Ponta Delgada (-6,3%), Beja (-3,6%) e Viseu (-1,1%).

Por sectores, os aumentos nas insolvências registam-se nas áreas de telecomunicações (60%), hotelaria e restauração (23,4%), outros serviços (13,1%), transportes (8,6%), agricultura, caça e pesca (7%) e comércio de veículos (5,8%).

O sector da construção e obras públicas e a indústria extrativa mantêm um crescimento nulo face a 2019, enquanto o sector da eletricidade, gás, água apresenta uma redução de 18,2% face a 2019.

 

Queda de 25,7% nas constituições

Já a constituição de novas empresas, nos primeiros 10 meses de 2020, sofreu uma queda de 25,7% face ao mesmo período de 2019. Foram constituídas 31.440 novas empresas, menos 10.858 que no ano passado. No mês outubro, surgiram 3.273 empresas novas, contra 4.219 em 2019 (-22,4%).

Embora com valores muito inferiores aos do ano passado, Lisboa e Porto mantêm-se como os distritos onde surgiram mais empresas novas: 9.873 em Lisboa (-30,4%) e 5.599 no Porto (-27,4%). Reduções significativas nas constituições verificam-se também em Ponta Delgada (-34%), Setúbal (-32,3%), Angra do Heroísmo (-31,3%), Aveiro (-28,9%), Madeira (-27,3%), Faro (-27,9%), Viana do Castelo (-24,9%), Leiria (-22,5%), Horta (-20,6%), Coimbra (-20,4%), Braga (-18,6%), Santarém (-16,2%), Vila Real (-15%), Guarda (-13,4%), Viseu (-11,6%) e Évora (-11,5%). Apenas o distrito de Portalegre apresenta uma variação positiva de 3,1% face a 2019.

Todos sectores têm variações negativas, com as maiores reduções a afetar os sectores de transportes (-52,5%), hotelaria e restauração (-29,5%), eletricidade, gás, água (-28%), construções e obras públicas (-24,7%), outros serviços (-24,3%), comércio de veículos (-22,5%), comércio por grosso (-21,5%), telecomunicações (-20,2%), indústria transformadora (-19%), indústria extrativa (-18,2%) e agricultura, caça e pesca (-14%).

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