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Bruno Casadinho
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Inovação, talento e tecnologia são os principais “drivers” na resposta à pandemia

A Altran, parte do grupo Capgemini, lançou um estudo, em colaboração com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), onde ouviu 250 líderes de empresas em Portugal, sobretudo de grande dimensão, de mais de 10 sectores de atividade, sobre as suas principais prioridades para 2021, quais os fatores críticos de sucesso e o que mais valorizam na escolha de um parceiro tecnológico.

Bruno Casadinho, COO, CMO e Executive Board Member da Altran Portugal, destaca que, “face às prioridades 2021, para surpresa de muitos, a inovação foi a opção mais escolhidas por parte dos 250 líderes entrevistados, em detrimento, por exemplo, da redução de custos. Isto leva-nos a concluir que, ao contrário da anterior crise, os principais líderes organizacionais em Portugal encaram a inovação como uma das formas de ultrapassar esta crise. Também é verdade que os sectores mais impactados pela pandemia, como o retalho, o turismo ou os transportes, incluindo as transportadoras aéreas, referem que a sua prioridade para 2021 será a redução de custos e a eficiência. O que não é uma surpresa, até porque a resposta a estes desafios está longe de ser lógica e trivial”.

 

Inovação vs redução de custos

Os resultados globais do estudo “2021: Business Priorities” da Altran indicam que 47% das empresas identifica a aposta na inovação como a sua principal prioridade para o próximo ano, enquanto a otimização de custos está no topo da lista para 31% das empresas e o aumento das receitas é a principal prioridade para outros 22%.

Esta aparente disparidade de escolhas prende-se com o facto do contexto desta crise ser muito diferente do que aconteceu na altura do resgate internacional a Portugal, onde a maioria das organizações se centrou na redução de custos e eficiência.

Desta forma, e apesar da aposta na inovação surgir na primeira posição, nos sectores mais penalizados pelas medidas de distanciamento social e pela quebra na faturação, como o retalho, a aeronáutica e os transportes, a escolha dos líderes empresariais vai para a redução de custos.

O estudo da Altran mostra, assim, um horizonte de potencial recuperação da economia portuguesa em K, onde há sectores que recuperam rapidamente, mas outros ficam para trás, com uma recuperação fraca ou mesmo em queda contínua devido à diminuta procura.

No sector da indústria automóvel, 100% das empresas inquiridas apontaram a inovação como a sua prioridade para o próximo ano. Para isso contribui a profunda transformação do sector já em curso, com o desenvolvimento de automóveis mais inteligentes e movidos a energias alternativas, em detrimento dos combustíveis fósseis. Por outro lado, no sector da energia, com 67%, a escolha da inovação pode estar relacionada com a descarbonização e com a produção de energia de fontes sustentáveis, a par da instalação de redes de distribuição mais inteligentes.

Na saúde e ciências da vida (80%), a aposta na inovação poderá estar diretamente relacionada com a pandemia, nomeadamente com o desenvolvimento de vacinas e de tratamentos para a Covid-19, bem como na continuação do desenvolvimento da telemedicina e da monitorização remota de pacientes.

Bem diferente é a situação vivida em sectores como o retalho, a aeronáutica (que abrange as companhias aéreas) ou os transportes, onde a otimização de custos foi a principal prioridade apontada pelas empresas, chegando aos 87,5% no retalho e atingindo 50% na aeronáutica e 39% nos transportes. Destaque ainda para a indústria, onde 45,5% das empresas apontou a redução de custos como principal prioridade, embora, aqui, essa percentagem seja igual às que identificaram a aposta na inovação.

 

Fatores críticos de sucesso para 2021

Estar presente e crescer nos canais digitais, uma das grandes tendências na sequência da pandemia, é precisamente o fator crítico de sucesso mais apontado pelas empresas inquiridas, a par da capacidade de escalar os seus negócios ou operações, que foi apontada por 38% das empresas.

Para Bruno Casadinho, esta conclusão quer dizer que “é expectável que exista uma pressão adicional no desenvolvimento dos programas de transformação digital, que provavelmente estavam programados para serem executados a três e a cinco anos, mas, com a pandemia, estes ciclos foram encurtados 10 ou 20 vezes no seu calendário inicial. Consequência disso, é expectável que exista uma forte pressão sobre a captura e a procura de talento”.

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