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Inflação, emprego e isolacionismo dominam as eleições nos Estados Unidos da América

A próxima eleição presidencial dos Estados Unidos da América será uma fonte de incerteza para os mercados globais em 2024, o que dificultará o planeamento estratégico de longo prazo para as empresas internacionalizadas. Os dois prováveis candidatos, o atual presidente e o seu antecessor no cargo, têm visões opostas sobre o comércio, a carga fiscal e o papel dos Estados Unidos no cenário mundial.

A Crédito y Caución prevê que as eleições se realizem num contexto de desafios geopolíticos, baixo crescimento e confiança instável. Os Estados Unidos resistiram melhor ao ambiente inflacionário do que outros países, mantendo um forte crescimento e emprego. Os gastos dos consumidores têm sido particularmente resistentes, mas as previsões apontam para uma mudança impulsionada pela alavancagem dos consumidores, pela diminuição do investimento fixo e pela inflação persistente, o que atrasa os cortes nas taxas de juro. Espera-se que o impacto cumulativo do aperto monetário, condições de crédito menos acomodatícias, política fiscal restritiva e incerteza política pese sobre o crescimento nos próximos meses, levando a uma aterragem suave da economia norte-americana.

As eleições presidenciais definirão também o papel que os Estados Unidos desempenharão para além das suas fronteiras e, em particular, em conflitos geopolíticos, como os da Ucrânia ou do Médio Oriente. A atual administração tem sido cada vez mais relutante em partilhar know-how tecnológico com a China e tem apoiado as sanções ocidentais à Rússia. Se houver uma mudança na administração, a Crédito y Caución espera que esta reorientação do comércio mundial ganhe velocidade.

O provável candidato republicano lançou a ideia de uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados, para impulsionar a produção doméstica, o que desencadearia medidas semelhantes contra as exportações dos Estados Unidos e afetaria significativamente as cadeias de abastecimento globais. A agenda do atual governo para um segundo mandato centrar-se-ia no fortalecimento da classe média, na expansão dos cuidados de saúde e no desenvolvimento da infraestrutura de energia verde.

A evolução futura das atuais tensões geopolíticas, que serão em grande medida marcadas pelo resultado das eleições, terá um impacto muito significativo na economia mundial. Estima-se que o encerramento efetivo do Mar Vermelho aos navios mercantes poderia reduzir a capacidade de navegação internacional em cerca de 20%. A guerra na Ucrânia, por sua vez, alimentou a inflação e continua a ser um obstáculo ao crescimento global. Uma guerra comercial total entre a China e o Ocidente teria um enorme impacto nas cadeias de abastecimento globais e na capacidade de produção.

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