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Indústria do retalho foi a segunda mais afetada por ransomware em 2021

Foto Shutterstock

No ano passado, o retalho registou a segunda maior taxa de ataques de ransomware entre todos os sectores inquiridos, ficando apenas atrás da indústria dos meios de comunicação, lazer e entretenimento. Esta é uma das principais conclusões do relatório “The State of Ransomware in Retail 2022”, divulgado pela Sophos.

Globalmente, 77% das organizações de retalho inquiridas foi atingido, um aumento de 75% em relação a 2020 e também 11% acima da taxa média de ataques em todos os sectores (66%).

O retalho continua a sofrer de uma das mais altas taxas de ataques de ransomware registadas nas várias indústrias. Com mais de três em cada quatro empresas a sofrer um ataque em 2021, certamente, os incidentes deste género são agora uma questão de ‘quando’ e não de ‘se’“, afirma Chester Wisniewski, Principal Research Scientist da Sophos. “Na nossa experiência, as organizações que se defendem com sucesso contra estes ataques não estão apenas a utilizar defesas em camadas, estão a aumentar a segurança com pessoas formadas para monitorizar falhas e a caçar ativamente ameaças que invadem o perímetro de segurança, antes que estas se tornem problemas ainda maiores. O estudo deste ano mostra que apenas 28% dos retalhistas conseguiu impedir que os seus dados fossem encriptados, o que sugere que uma grande parte da indústria precisa de melhorar a sua postura de segurança, com as ferramentas certas e especialistas de segurança devidamente treinados para ajudar a gerir os seus esforços“.

 

Resgates

À medida que a percentagem de empresas de retalho vítimas de ransomware aumentou, também o fez o valor médio dos resgates pagos. Em 2021, o pagamento médio foi de 226.039 euros, um aumento de 53% quando comparado com 2020 (148.036 euros). No entanto, este valor representa menos de um terço da média de todos os sectores (813.024 euros).

É provável que diferentes grupos de ransomware estejam a atingir indústrias diferentes. Alguns dos que têm menos competências pedem entre 50 mil a 200 mil euros em pagamentos de resgate, enquanto os mais sofisticados e com maior visibilidade exigem um milhão ou mais”, continua. “Com Initial Access Brokers (IABs) e Ransomware-as-a-Service (RaaS), infelizmente, é fácil para os cibercriminosos de menor relevância comprar acesso à rede e um kit de ransomware para lançar um ataque sem muito esforço. As lojas individuais e as pequenas cadeias são as mais suscetíveis de serem alvo destes criminosos oportunistas“.

 

Outras conclusões

O mesmo estudo também conclui que, embora o sector do retalho tenha sido o segundo mais afetado, o aumento percetível do volume e complexidade dos ciberataques sofridos foi ligeiramente inferior à média global. 92% das organizações de retalho atingidas por ransowmare afirmou que o ataque afetou a sua capacidade de operar e 89% admitiu a perda de negócio/receitas.

Em 2021, o custo global para remediar um ataque de ransomware neste sector foi de 1.27 milhões de euros, abaixo dos 1.97 milhões de euros em 2020.

Em comparação com 2020, a quantidade de dados recuperados após o pagamento do resgate diminuiu (de 67% para 62%), tal como a percentagem de organizações desta indústria que recuperaram todos os seus dados (de 9% para 5%).

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