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Incumprimento: 70% das empresas nunca aplica juros de mora

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O “Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal”, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform revela que apenas 32% das empresas inicia ações de cobrança quando as faturas estão vencidas.

Feitas as contas, duas em cada três empresas, em caso de incumprimento, optam por adiar o início das ações de cobrança para não deteriorem as suas relações comerciais.

 

 

A Crédito y Caución aponta que o atraso nas ações de cobrança implica uma deterioração da eficácia das ações de recuperação. Apesar disso, o estudo reflete uma grande flexibilidade nos prazos de cobrança como parte da relação comercial. 29% das empresas permite aos seus clientes atrasos de pagamento superiores a 60 dias antes de considerare um crédito em atraso.

 

 

O estudo aponta ainda que, quando as empresas iniciam os processos de cobrança, normalmente optam por não cobrar juros de mora: 70% das empresas nunca os aplica e apenas 2% é sistemático no exercício do seu direito.

A Crédito y Caución informa que o endurecimento da política monetária por parte do Banco Central Europeu fez com que os juros de mora subissem até ao máximo de 12,5%, em 2024. Atualmente, esta taxa está fixada em 8,87%.

No entanto, a evolução deste indicador oficial não tem tradução na economia real. De acordo com o estudo realizado, 98% das empresas que aplicam juros de mora reclama montantes inferiores aos que lhes corresponderia por lei.

 

O estudo aborda as metodologias de gestão de cobranças utilizadas pelas empresas. A eficácia da terceirização da recuperação B2B está concentrada nos escritórios de advocacia (41% das empresas). O recurso a soluções de arbitragem (7,4%), cobrança telefónica (2,3%), presencial (1,7%) ou cobrança integral (0,6%) são muito limitados.

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