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Grupo de direitos humanos acusa retalhistas europeus de lucrar com trabalho forçado

O European Centre for Constitutional and Human Rights (ECCHR), organização não governamental independente e sem fins lucrativos com o objetivo de fazer cumprir os direitos humanos por meios legais, apresentou uma queixa contra vários retalhistas, incluindo Aldi, Lidl, C&A e Hugo Boss.

A organização acusa os retalhistas de supostamente lucrarem com o trabalho forçado da população uigur na região chinesa de Xinjiang, reporta a Reuters.

Mais concretatamente, acusa os retalhistas de, direta ou indiretamente, facilitar e lucrar com as práticas de trabalho forçado na indústria de algodão em Xinjiang.

É inaceitável que os governos europeus critiquem a China por violações dos direitos humanos, enquanto as empresas europeias podem lucrar com a exploração da população uigur”, explicou Miriam Saage-Maass do ECCHR. “Já é hora de os responsáveis ​​nas empresas serem responsabilizados se as suspeitas de trabalho forçado forem confirmadas”.

 

“Tolerância zero”

Um porta-voz do Lidl disse que as acusações foram “baseadas em antigas listas de fornecedores e relacionadas a anteriores pedidos ou períodos de tempo”. A empresa enfatizou ainda a sua política de “tolerância zero” em relação ao trabalho forçado e infantil, escreve a Reuters.

Segundo a marca Hugo Boss, todos os padrões e valores da empresa foram respeitados na produção dos seus produtos, e não existiram violações legais.

“Nós, portanto, rejeitamos todas as outras afirmações feitas pela ECCHR”, afirmou um porta-voz.

No início deste ano, uma aliança de organizações não governamentais – que inclui Sherpa e Uyghur Institute of Europe – entrou com uma queixa semelhante na França contra a Uniqlo e a Zara, entre outras. Essa denúncia levou a uma investigação judicial pelas autoridades em julho.

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