Os fenómenos da atualidade, como a globalização, mudanças climáticas, alteração de centros económicos e o desenvolvimento tecnológico, vão motivar alterações profundas nos sistemas alimentares. Para enfrentar estes desafios, os especialistas apontam o reforço da colaboração entre os agentes da cadeia de valor como uma das soluções possíveis.
Esta foi uma das conclusões da conferência “The Future of Food – Envisioning our Food Systems”, uma iniciativa da Sonae MC que juntou operadores de retalho nacionais e internacionais, investigadores e empreendedores, para discutir os desafios e oportunidades do futuro da alimentação. A iniciativa, de dois dias, compreendeu apresentações, painéis de debate e workshops sobre temas tão variados como a economia circular, nutrição, ciência alimentar e logística.
Estabelecendo um horizonte para o futuro, os presentes na conferência foram unânimes em afirmar que as alterações dos sistemas alimentares passarão, sobretudo, pela aposta na investigação aplicada, pela tomada de decisões com base científica, pela valorização de resíduos e pela integração de novas tecnologias no sistema alimentar. A agricultura urbana, designadamente vertical, será também uma realidade mais presente.
O futuro da alimentação passará igualmente pela introdução e crescimento de adoção de novas fontes de proteína, pelo desenvolvimento de alimentos de substituição de refeições, pela nutrição personalizada e pela aposta na economia circular, que valorize excedentes, diminua a pressão sobre os recursos da biosfera e contribua para a luta contra a fome e a má nutrição.
A conferência foi organizada pela Sonae MC, em colaboração com diversos parceiros internacionais, como a Vision 2020, Business France, ICEX Espanha e a Rede de Ciência e Inovação do Reino Unido (UK Foreign Office). Nuno Lopes Gama, Head of Innovation & Future Tech na Sonae, afirma que “a conferência foi um sucesso, pois, para além de ter conseguido reunir atores, de primeiro plano, representativos dos diferentes sistemas intervenientes na temática, foi um espaço privilegiado de construção e reforço da nossa rede colaborativa e será, com toda a certeza, um primeiro passo para o desenvolvimento de projetos partilhados de investigação, desenvolvimento e inovação, que nos ajudarão a construir o futuro da alimentação em que acreditamos e estamos apostados”.
