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França proíbe destruição de produtos não alimentares

Foto Shutterstock

Após as vendas sazonais e para escoar o stock acumulado, cerca de dois mil milhões de euros em bens não alimentares permanecem por comercializar. Perante esta situação, a França decidiu que, a partir de 1 de janeiro de 2022, estes produtos já não poderão ser destruídos.

Esta determinação afetará produtos eletrónicos, têxteis, mobiliário, cartuchos de tinta, bem como artigos de higiene e puericultura, livros ou equipamentos de preservação de alimentos, entre outros. Segundo o Le Monde, a medida, derivada da lei anti-resíduos, visa “forçar produtores, importadores e distribuidores a reutilizar ou reciclar produtos não alimentares que não tenham sido vendidos“, minimizar as emissões de resíduos e gases com efeito de estufa e criar novas formas de ação social.

 

Multas

A lei prevê coimas até 15 mil euros por incumprimento e por entidade jurídica. As autoridades francesas destacam, principalmente, os produtos de higiene e de puericultura, um sector em que 9% dos produtos não vendidos ainda são destruídos por incineração, enquanto três milhões de franceses são privados de produtos de higiene básica e 1,7 milhões de mulheres não têm proteção higiénica suficiente.

Além de não serem destruídos, estes produtos terão de ser doados como prioridade às instituições de solidariedade social, para os tornar mais acessíveis às famílias em vulnerabilidade económica.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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