A Fnac Darty conseguiu sustentar os resultados, em 2020, não obstante ter tido períodos com as lojas encerradas, no seguimento das medidas para conter a pandemia de Covid-19.
De acordo com os resultados preliminares, as vendas comparáveis totalizaram 7,49 mil milhões de euros, menos 0,6% que no ano anterior. Uma vez que as lojas físicas tiveram de encerrar, pelo menos, duas vezes, na maioria dos países, o CEO Enrique Martinez considera que este desempenho foi “muito bom”. No quarto trimestre, as vendas chegaram mesmo a crescer perto de 10% (9,6%).
E-commerce cresce 55%
O negócio de comércio eletrónico cresceu 55% e já representa 29% das vendas totais do grupo, que, em 2020, ganhou mais cinco milhões de novos compradores ativos.
O quarto trimestre foi particularmente positivo (70%), com um grande crescimento em períodos como o Black Friday e os dias que antecederam o Natal. O “click and collect” aumentou perto de 40%.
Mercado ibérico ainda penalizado
A crise pandémica afetou, contudo, as margens do grupo, que estima, em 2020, um lucro de 210 milhões de euros e uma margem bruta de 29,2%, menos 120 pontos base que no ano anterior.
Esta descida é atribuída ao menor tráfego nas lojas, que afetou, particularmente, os produtos editoriais, tendencialmente uma compra de impulso, e à quebra na venda de bilhetes para espetáculos.
Existe, contudo, uma grande diferença de desempenho entre os vários mercados. As zonas de França-Suíça e de Bélgica-Luxemburgo viram as vendas comparáveis crescerem, respetivamente, 2% e 1%, enquanto Portugal e Espanha continuaram a ressentir-se das medidas de restrição para conter a pandemia e de um ambiente macroeconómico desfavorável. Nesse sentido, numa base comparável, as vendas caíram 11% e a Fnac Darty espera também uma recuperação mais lenta, em 2021.
