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A Fnac Darty registou um crescimento de 29% nas receitas no primeiro trimestre, atingindo os 2.314 milhões de euros, impulsionada sobretudo pela integração da italiana Unieuro.
Em termos comparáveis (pro forma), o desempenho manteve-se praticamente estável face a 2024 (-0,6%), penalizado por um efeito de calendário negativo de 1%.
“A Fnac Darty registou um desempenho sólido, com forte dinamismo no sul da Europa. A integração da Unieuro está a avançar como previsto e já contribui significativamente para o crescimento do grupo”, afirma Enrique Martinez, CEO da Fnac Darty.
Serviços e eletrodomésticos impulsionam margem
A margem bruta subiu 60 pontos base em termos pro forma, impulsionada pelo crescimento das atividades de serviços e diversificação.
As vendas de eletrodomésticos, especialmente pequenos, mantiveram um bom ritmo, enquanto a eletrónica de consumo recuou devido à queda nos volumes de telemóveis.
Os produtos editoriais continuam penalizados pela ausência de grandes lançamentos no sector dos videojogos.
As vendas online cresceram acima dos 3% em base comparável e representam agora 21% da faturação global. O canal omnichannel já pesa 49% nas vendas online, refletindo a aposta estratégica do grupo na integração dos canais físico e digital.
Portugal cresce 0,9% e reforça papel na dinâmica ibérica
Em Portugal, a Fnac Darty registou uma subida de 0,9% em termos comparáveis. Este desempenho foi sustentado pelo crescimento do canal digital, que contrabalançou um ambiente de consumo ainda cauteloso.
Já em Espanha, o crescimento foi de 1,7%, apoiado sobretudo pela recuperação das lojas físicas após remodelações.
O grupo vai apresentar o seu novo plano estratégico a 11 de junho, integrando a contribuição da Unieuro e atualizando os objetivos a médio prazo. Recorde-se que a empresa prevê um crescimento de um dígito médio no seu resultado operacional corrente em 2025, excluindo a contribuição da Unieuro.
Em março, a Fnac Darty realizou uma emissão obrigacionista de 300 milhões de euros com maturidade em 2032, utilizada para recomprar obrigações convertíveis (OCEANE) e reforçar liquidez. A agência S&P reviu em alta o outlook do grupo para “estável”, mantendo a notação BB+, enquanto a Fitch e a Scope confirmaram as respetivas classificações com perspetiva estável.