O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que, devido às disrupções causadas pela guerra na Ucrânia, a inflação deverá manter-se alta por muito mais tempo do que o anteriormente previsto.
Segundo o “World Economic Outlook”, a inflação estimada para este ano é, agora, de 5,7% nas economias avançadas, mais 1,8 pontos percentuais do que o antecipado em janeiro, e, embora se preveja que desça nos próximos dois anos, deverá manter-se acima dos 2%, o que não acontecia há seis anos.
Incerteza
Em janeiro, a expectativa era que o ritmo de subida nos preços dos combustíveis começasse a descer, entre este e o próximo ano, o que poderia ajudar a conter a inflação. Agora, o FMI afirma mesmo que a inflação deverá manter-se, sustentada pela subida dos preços nas matérias-primas induzidas pela guerra. “O agravar dos desequilíbrios entre a oferta e a procura e novos aumentos nos preços das matérias-primas podem levar a uma inflação elevada e persistente”, indica a instituição liderada por Kristalina Georgieva.
O FMI alerta que a previsão da inflação tem, ainda, uma incerteza elevada, não só pela guerra, como também pela pandemia.