O sector do café deverá ter registado, em 2020, uma queda na faturação de 10%, face a 2019, para os 490 milhões de euros. A estimativa é do “Estudo Sectorial da Informa D&B” e é uma consequência da diminuição da procura em restaurantes, cafés, pastelarias e bares provocada pela pandemia de Covid-19. O bom desempenho registado no consumo doméstico não foi suficiente para compensar a quebra do consumo fora de casa.
Os valores de 2020 surgem após um período muito favorável para o sector, entre 2016 e 2019, quer no canal de hotelaria e restauração, quer no consumo doméstico, sobretudo, devido a uma maior oferta de cápsulas premium.
As exportações de café torrado e solúvel alcançaram 87 milhões de euros, em 2020, o que representa um crescimento de 11,5% face ao ano anterior. Espanha é o principal destino, com um peso de 25% do total, à frente da França e do Reino Unido. As importações aumentaram 10,4%, atingindo 149 milhões de euros. Espanha e França são os principais países de origem, com 35% e 31% do total importado, respetivamente.
Estrutura do sector
O sector é composto por cerca de 75 empresas. A zona Norte concentra 32% das empresas, seguida de Lisboa (29%) e as regiões do Centro e do Alentejo.
A grande maioria das empresas que operam no sector são de pequena e média dimensão e, no geral, a sua estrutura acionista é de tipo familiar e o seu âmbito de atuação regional. Junto destas, identifica-se um número reduzido de grandes operadores, alguns dos quais estão integrados em grupos com uma oferta diversificada de produtos de alimentação.
Existem apenas três empresas com mais de 500 empregados e só 9% do total tem 100 ou mais trabalhadores.
