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FAPWINES leva o vinho MADE IN Portugal ao mundo

A FAPWINES, projeto nacional de produção vínica criado em 2013 pelo enólogo João Matos, lança no mercado nacional o vinho MADE IN Douro. Este é o primeiro da gama MADE IN, vinhos feitos apenas com castas portuguesas, que vai dar a conhecer os vinhos nacionais em vários países. O principal parceiro da FAPWines e do projeto Made In é a cadeia de supermercados Lidl, onde o vinho está já disponível, sendo o objetivo alargar a disponibilidade do MADE IN Douro a outros países europeus onde o retalhista está presente.

Os vinhos nacionais estão muito bem cotados em todo o mundo. Mas para João Matos, fundador da FAPWINES, nunca é demais reforçar a aposta na internacionalização. Assim, com o objetivo de dar a conhecer a genuinidade e identidade das regiões vinícolas portuguesas nos mercados internacionais, decidiu criar o projeto MADE IN. “O conceito MADE IN é fazer lotes de vinhos que mostrem o potencial das regiões vitivinícolas de Portugal. Quando digo fazer lotes é literal, podendo assim ‘afinar’ o estilo de vinho da melhor maneira e que vá ao encontro do gosto comum sem perder a autenticidade e carácter de cada região. O objetivo desta marca é, em três anos, estar a produzir 300 mil garrafas em três regiões (Douro/Vinhos Verdes/ Tejo com tinto, branco e um rosé, respetivamente) e depois avançar para as regiões da Beira, Dão, Bairrada, Alentejo e Algarve. Qualitativamente, será sempre um projeto muito válido, pois o facto de fazer lotes e a oferta existente permite-nos assegurar a qualidade”, explica o responsável.

Um projeto distinto de outros presentemente existentes no mercado pela flexibilidade que apresenta junto dos parceiros na elaboração dos vinhos de várias zonas demarcadas em Portugal e pela experiência em mercados internacionais. Esta não é a primeira vez que a FAPWINES idealiza um projeto vínico para promover Portugal lá fora. Ainda em 2013, lançou no mercado nacional a marca de vinhos Giroflé, que exporta também para os Estados Unidos da América, Alemanha, Brasil, Suíça, Bélgica e Holanda, mercados que representaram, em 2016, 35% do volume de negócios da empresa. “Desta forma, conseguimos oferecer ‘mais por menos’ e ir de encontro ao que os consumidores gostam, ou seja, poderemos ter lotes diferentes para cada país, consoante o estilo de vinhos que nesse país gostam mais. Obviamente, sem perder o princípio básico do MADE IN – a autenticidade e carácter de cada região que, como a marca diz, é feito no Douro, Vinhos Verdes, Tejo, etc.”, explica. “É um projeto que passa por manter as parcerias criadas no início, onde nos dão muito espaço para crescer mantendo sempre a qualidade e, assim que estejamos a trabalhar as regiões de Portugal com consistência, avançar para regiões internacionais, através de produtores reconhecidos e que partilhem esta visão, o que em Espanha e Itália já estão identificados”.

Pensado para o retalho
O conceito está essencialmente voltado para a criação de vinhos dirigidos a cadeias de retalho. Os rótulos das garrafas do MADE IN foram criados a pensar na prateleira internacional e representam geograficamente Portugal, assinalando no mapa a região vitivinícola de proveniência do vinho. Nas palavras do fundador, esta “é uma marca ‘de prateleira’, pois desde o nome à imagem foram pensados para serem ‘vendedores silenciosos’, virados para a distribuição moderna”.

Em Portugal, o projeto iniciou com uma parceria com a cadeia de supermercados Lidl, onde o primeiro vinho MADE IN Douro está já disponível. Contudo, a estratégia da FAPWINES é de estender esta parceria à cadeia internacional do retalhista alemão, bem como a outras grandes superfícies de países como os Estados Unidos da América, Inglaterra e Bélgica. “O objetivo principal é exportação, mas através de cadeias internacionais presentes em Portugal, preferencialmente. Desta forma, temos um ou dois parceiros e cobrimos o mercado nacional e internacional onde estas cadeias estão presentes. Onde não estão, trabalharemos com importadores locais. No mercado nacional, além de trabalhar com cadeias internacionais, trabalharemos também com nacionais”, confirma João Matos.

Para isso, a FAPWINES não vai apenas comercializar este MADE IN Douro. Para o futuro, a tem planeado o alargamento da gama de vinhos que passará também a contar com um branco da região dos Vinhos Verdes e com um rosé em representação da região do Tejo. “Consideramos que este foi um bom arranque, mas pode ser sempre melhor. Ou seja, conseguir trabalhar verticalmente, cá e nos países onde estão representadas, com as principais cadeias em Portugal, entrar numa grande cadeia dos Estados Unidos da América, Brasil ou Angola, lojas francas, etc.”, conclui acerca do projeto MADE IN.

Este artigo foi publicado na edição 44 da Grande Consumo.

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