O EuroCommerce, que representa o sector retalhista e grossista na Europa, exortou a Comissão Europeia a utilizar tanto a sua “caixa de ferramentas energéticas“, como as regras relativas aos auxílios estatais, para apoiar as empresas que enfrentam custos energéticos elevados.
O grupo pediu aos decisores políticos que classifiquem o sector retalhista e grossista como de “alta energia“, permitindo-lhes, assim, aceder ao apoio aos auxílios estatais.
O EuroCommerce acrescentou, ainda, que o sector opera atualmente com base no elevado volume de negócios e nas margens baixas, tornando as empresas individuais “particularmente vulneráveis” devido à continuada subida dos preços da energia. “Se forem deixados a enfrentar esta tempestade sem ajuda, estes custos irão passar para os clientes, que já estão em dificuldades com o aumento dos preços da energia e a inflação, em todo o mundo“, afirma o EuroCommerce.
Medidas de curto prazo
Para além de apelar ao acesso a medidas de apoio, a curto prazo, o EuroCommerce instou tanto os decisores políticos da União Europeia como os nacionais a reduzirem os impostos sobre os produtos energéticos, alterarem os atuais mecanismos de preços da energia para conter o nível desses preços, suspenderem os impostos previstos ou novos limites às emissões de CO2, a este ser o caso, além de uma maior pressão sobre os preços da energia, e reduzirem e eliminarem taxas adicionais sobre a energia, durante o período inflacionário em curso.
Além disso, a médio prazo, o EuroCommerce apelou a um maior apoio ao investimento destinado a reduzir o consumo de energia no sector, como a melhoria da eficiência energética dos edifícios, bem como o apoio ao investimento na aceleração da utilização e contributo do sector para a produção de combustíveis alternativos sustentáveis, como os painéis solares.
“O retalho e o comércio por grosso são um ecossistema essencial que serve os consumidores e apoia muitos outros sectores e a economia em geral“, defende o EuroCommerce. “É o maior empregador do sector privado, a nível europeu, e dá um importante contributo para a vida contínua das comunidades locais. Para continuar a fazê-lo, o sector precisa de apoio para investir na atual transformação digital, de sustentabilidade e competências e, com urgência, na transição energética“.