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“Em 2024, vamos ganhar dinheiro em Portugal”, assegura presidente da Mercadona

Atinge 8% de quota de mercado em Portugal

2023 foi o melhor ano para os cinco componentes do modelo de negócio da Mercadona, anunciou esta terça-feira, dia 12 de março, Juan Roig, presidente da cadeia retalhista, durante a apresentação dos resultados referentes ao exercício de 2023. Ano em que a operação portuguesa, ao fim de quatro anos, atingiu o “break-even” e viu as vendas crescerem 90%, para os 1.403 milhões de euros.

Com estes resultados, atualmente, a Mercadona é detentora de 8% de quota de mercado em Portugal, avançou Juan Roig.

 

“Queremos ser portugueses”

Nesse sentido, no ano em que completa cinco de presença no país, a Mercadona Portugal passará a reportar lucros. “Em 2024, vamos ganhar dinheiro em Portugal”, assegurou o presidente da cadeia valenciana, adiantando também que, em termos de vendas, a perspetiva é atingir os 1.900 milhões de euros.

Destacando a boa recetividade dos clientes portugueses, o presidente da Mercadona reiterou o objetivo que, desde 2019, tem sido afirmado no que à operação portuguesa diz respeito: “em Portugal, queremos ser portugueses. Não somos ainda, estamos a aprender. Temos 49 lojas (note-se que, embora toda a apresentação tenha sido conduzida em castelhano, Juan Roig teve o cuidado de dizer “lojas” em vez de “tiendas” quando se referia a Portugal) e vamos continuar a abrir. Este ano, estaremos em mais dois distritos: Évora e Guarda. No final de 2024, estaremos em 12 dos distritos de Portugal”.

A empresa prevê investir 196 milhões de euros no mercado português, que se destinam à abertura de 11 novas lojas e à conclusão do bloco logístico de Almeirim, que ficará operacional em julho.

 

Melhor ano para os 5 componentes

Confessando-se muito orgulhoso dos resultados, não só em Portugal como também em Espanha, Juan Roig destacou, desde logo, que 2023 foi o melhor ano para os cinco componentes do modelo Mercadona: cliente, trabalhador, fornecedor, sociedade e capital. E a razão, sublinhou, é o facto destes cinco componentes terem sido igualmente satisfeitos.

Destacando a necessidade de, algumas vezes, “se ter de tomar decisões difíceis e impopulares”, como o encerramento de lojas, o presidente da Mercadona sublinhou o investimento de 10 mil milhões de euros efetuado, entre 2016 e 2023, na transformação dos pontos de venda e dos centros logísticos e na necessária digitalização do negócio, designadamente em Espanha. Com 1.681 lojas no final de 2023, entre Portugal e Espanha, 80% destes pontos de venda refere-se a Lojas 8, que contam com as novas secções de frescos e de comida pronta e que, segundo Juan Roig, são “mais produtivas que as lojas clássicas”.  Ao nível do online, operação que dava prejuízo, atualmente, a Mercadona já ganha cinco euros a cada serviço.

Juan Roig destacou também a aposta na melhoria da qualidade de 500 produtos e na redução do preço de mil produtos (entre abril de 2023 e fevereiro de 2024), “de modo a satisfazer os ‘chefes’”, processos que continuarão no futuro. Como resultado, o número de tickets diários por loja aumentou em mais 200, face ao ano anterior, e a quota de mercado em Espanha atingiu os 27,6%, mais 0,6 pontos. Atualmente, a cadeia representa 3,66% do emprego e 2,10% do PIB em Espanha.

“Ter lucros é indispensável”

No cômputo geral, as vendas da Mercadona aumentaram 15%, para mais de 35.572 milhões euros. Deste total, 34.124 milhões correspondem à faturação de Espanha.

Os lucros, por sua vez, cresceram 40%, para os 1.009 milhões de euros, dos quais 800 milhões serão reinvestidos na satisfação dos já mencionados cinco componentes do negócio, razão pela qual o presidente da Mercadona considera que “ter lucros é indispensável”, de modo a poder partilhá-los com a sociedade.

Para 2024, o objetivo da Mercadona é crescer 6% e atingir os 37.800 milhões de euros em vendas, ficando os lucros em linha com o exercício anterior. “Sabemos onde nos dirigimos”, garantiu Juan Roig. “O futuro da Mercadona é espetacular”.

E este futuro, pelo menos o mais próximo, passa sobretudo pela consolidação da operação em Portugal, com o presidente da cadeia a recusar uma nova “aventura” internacional e a entrada num terceiro mercado, para já. “Portugal está a ser um sucesso, mas está a custar-nos muito. Acreditamos na meritocracia e na promoção interna e isso é difícil quando se trata de acelerar expansão”.

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