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“É necessário materializar a transição digital no sector do comércio”

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Com mais de 200 mil empresas distribuídas por todo o território nacional, “o comércio é dos sectores mais empregadores da economia”. A afirmação é do secretário de Estado do Comércio e Serviços e Defesa do Consumidor.

Convidado pela rede de comércio independente Aqui é Fresco para participar num webinar subordinado ao tema “O comércio na distribuição moderna”, João Torres considera que, precisamente pelo peso que o comércio tem na taxa de empregabilidade, “é necessário promover a inovação, a competitividade e a resiliência” dos seus agentes económicos, nomeadamente com a necessidade de “materializar e tornar tangível a transição digital” neste que é um sector-chave da economia nacional.

 

Digitalização

Para alguns operadores, a digitalização será básica e iniciada com a utilização do correio eletrónico, contudo, para outros, “a transição digital também pode ser uma disrupção na experiência de consumo”, com recurso às vendas online e a métodos de pagamentos inovadores. “Há muitas tecnologias que se estão a desenvolver para tornar diferente a nossa experiência de consumo”, rematou o secretário de Estado.

Já na perspetiva do diretor geral da UniMark e presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, o modelo físico no comércio “não será abandonado”. João Vieira Lopes defende, isso sim, “a existência de um mix de canais para a otimização do negócio”, daí sendo possível contextualizar as palavras de Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director Nielsen Portugal, que na sua intervenção deu especial destaque ao comércio eletrónico, o qual, de acordo com dados obtidos pela empresa de estudos de mercado, registou, em 2020, uma “duplicação do número de lares que compraram online em supermercados e hipermercados, atingindo uma taxa de penetração de 20%”, ao comparar com o ano anterior.

 

Online

Dando, por sua vez, sequência aos enquadramentos de João Vieira Lopes e de Ana Paula Barbosa, o secretário geral da Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA), Luís Brás, salientou que “apenas a evolução estruturada do sector permitiu que o pequeno comércio conseguisse responder à mudança repentina” quanto ao abraçar das novas tecnologias, com o CEO da Unilever FIMA, António Casanova, a acrescentar que a aceleração do comércio eletrónico foi um dos fatores visíveis, ao permitir “uma penetração do e-commerce este ano que só se previa para o final desta década”.

E como prova de que a transição digital do sector é, hoje em dia, uma realidade incontornável, o Aqui é Fresco, cuja rede conta com mais de 700 mini e supermercados de norte a sul do país, realiza, em 2021, a sua XI Convenção, que pelo segundo ano consecutivo adota formato online.

Sob o mote “Sempre próximo de Si”, o evento, que vai decorrer entre 31 de maio e 2 de junho, prevê juntar mais de 800 clientes, 700 retalhistas, 78 fornecedores, 18 grossistas e 100 potenciais aderentes, tendo como objetivo reforçar a evolução do conceito de proximidade, cada vez mais essencial na estratégia do comércio tradicional.

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