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A cadeia alemã de perfumaria e cosmética Douglas reportou uma queda de 16% no lucro operacional ajustado (EBITDA), no segundo trimestre do seu exercício fiscal 2024/25, totalizando 122,4 milhões de euros. Apesar da descida, o valor superou ligeiramente as previsões dos analistas, que apontavam para 118,5 milhões de euros.
As vendas totais recuaram 2% face ao período homólogo, situando-se nos 939 milhões de euros, ficando aquém das estimativas de 946,9 milhões de euros. A empresa atribui este desempenho à diminuição do tráfego nas lojas físicas e online, refletindo um abrandamento na procura por produtos de beleza e cuidados pessoais.
Apesar dos desafios, a Douglas conseguiu reduzir as perdas líquidas para 19 milhões de euros, comparativamente aos 41,3 milhões registados no mesmo período do ano anterior, beneficiando dos fundos angariados com a sua oferta pública inicial (IPO) e de uma bem-sucedida operação de refinanciamento em 2024.
Fatores externos e efeitos de calendário impactam resultados
O CEO da Douglas, Sander van der Laan, destacou que o segundo trimestre foi marcado por fatores externos que contribuíram para uma maior volatilidade macroeconómica e no comportamento dos consumidores. Além disso, os resultados foram afetados por efeitos de calendário negativos, nomeadamente o facto de a Páscoa ter ocorrido em abril, o que adiou as vendas associadas para o terceiro trimestre.
Em março, a empresa já tinha revisto em baixa as suas previsões para o ano fiscal, citando uma deterioração mais rápida do que o esperado no mercado europeu de beleza premium, especialmente na Alemanha e França.
Perspetivas para o ano fiscal mantêm-se
Apesar dos desafios enfrentados, a Douglas reafirmou as suas previsões revistas para o ano fiscal em curso e anunciou que apresentará novas orientações de médio prazo aquando da divulgação dos resultados anuais em dezembro.
A empresa continua focada na sua estratégia de longo prazo, procurando estabilizar as vendas e salvaguardar a rentabilidade num ambiente de consumo desafiante.