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Crise sanitária acelera mudanças nos hábitos de consumo

Imagem Shutterstock

A Nielsen tem vindo recorrentemente a alertar para três grandes mudanças estruturais nos hábitos do consumidor: infidelidade, proximidade e “cocooning”. Estas três mudanças são agora aceleradas com a crise causada pela Covid-19, às quais se somam outras duas: rastreabilidade e segurança; e omnicanlidade e tecnologia.

Num encontro online realizado esta terça-feira, dia 5 de maio, Patricia Daimiel, diretora geral da Nielsen Iberia, destacou que estas são as novas expectativas de um consumidor mais frágil, às quais se somam a expansão do e-commerce no grande consumo, “pois parece que o medo da Covid-19 fez com que se deixasse de lado o medo das compras online”.

A consultora sublinha, contudo, que, em nenhum dos casos, a compra física vai ceder. No pós-Covid, os consumidores adotarão ambos os canais em função da sua missão de compra.

 

Lições da China

Na hora de procurar respostas sobre como será o consumidor após isolamento, a China serve de exemplo. As lições daqui retiradas é que 60% dos consumidores pedem para impulsionar o online e as entregas em casa, 53% a expansão do conceito de saúde nos lineares e quatro em cada 10 potenciam os frescos e a melhoria da segurança e rastreabilidade na alimentação.

De acordo com a Nielsen, tudo isto se traduz numa cadeia de abastecimento que terá de ser, necessariamente, mais ágil e digital, na aceleração da omnicanalidade e na resposta a novas necessidades. Sobre este aspeto surgem oportunidades como o desenvolvimento, dentro das lojas, de espaços dedicados exclusivamente à saúde ou a especialização em produtos frescos de produtores locais.

Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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