Um novo estudo da Accenture avança que a pandemia intensificou o interesse no consumo consciente, desafiando os retalhistas e as empresas de bens de consumo a repensarem as suas estratégias pós-pandemia.
“A pandemia está a fazer com que os consumidores pensem mais no impacto que as suas decisões de compra têm no ambiente e na sociedade como um todo”, comenta Oliver Wright, Senior Managing Director na Accenture.
Metade dos consumidores não tem atualmente um bom entendimento de que marcas são sustentáveis e éticas e das que não o são, com sete em cada 10 inquiridos a apoiar legislação no sentido de se criar um rótulo nos produtos, simples de descodificar, à semelhança de um semáforo. Adicionalmente, 65% acredita que deveria ser também criada legislação para promover o consumo consciente, por exemplo, a cobrança de sacos plásticos, enquanto 69% considera que as marcas deverão fazer mais para facilitar esse modo de consumo. Um terço não tem ainda um bom entendimento dos produtos que podem ser reciclados.
Práticas sustentáveis
De acordo com a Accenture, os consumidores estão focados em aspetos como a proveniência dos ingredientes e das matérias-primas, as políticas laborais e o impacto ambiental dos produtos acabados e do packaging.
As empresas estão, agora, sob pressão acrescida para cumprir com as metas em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, até 2030, ao mesmo tempo que procuram mitigar o impacto a longo prazo da pandemia. “Os valores individuais estão cada vez mais imbuídos nos hábitos de compra, numa altura em que os consumidores pensam mais no equilíbrio entre o que compram e onde gastam seu dinheiro e os problemas globais de sustentabilidade”, sublinha, por sua vez, Jill Standish, Senior Managing Director na Accenture. “Isto obriga os retalhistas a serem autênticos e a prestarem atenção ao que interessa a cada comunidade que servem”.