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Contrabando de tabaco já causou perda fiscal de 3,5 milhões de euros em 2025

Imperial Brands lança contador em tempo real para monitorizar apreensões

Foto Shutterstock

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A Imperial Brands lançou um contador em tempo real que mostra o valor estimado das perdas fiscais provocadas pelo comércio ilícito de produtos de tabaco em Portugal. A nova ferramenta, disponível no site naocontrabando.imperialbrands.pt, revela que, só nos primeiros cinco meses de 2025, já foram apreendidos produtos que correspondem a 3,5 milhões de euros de impostos não cobrados.

O contrabando de tabaco continua a representar uma ameaça significativa para a economia portuguesa. Estima-se que cause uma perda anual de receita fiscal de cerca de 70 milhões de euros, valor que compromete o financiamento de serviços públicos essenciais. Só entre janeiro e maio, foram retirados do mercado 1,2 milhões de cigarros, 8,2 toneladas de folha de tabaco, o equivalente a 20 mil dispositivos de vaping e 4,4 toneladas de tabaco de mascar.

De acordo com Miguel Simões, diretor de mercado da Imperial Brands Portugal, “o contrabando de tabaco não é exclusivo nacional, mas o seu combate deve ser uma prioridade pelo impacto transversal negativo que assume, desde fabricantes, armazenistas, retalhistas, consumidores e contribuintes”.

 

Nova ferramenta digital com dados atualizados semanalmente

O contador online de apreensões, atualizado semanalmente com dados oficiais da Unidade de Ação Fiscal da GNR e da Autoridade Tributária, é mais uma etapa na estratégia da Imperial Brands para sensibilizar a opinião pública e apoiar o trabalho das autoridades. Além da monitorização em tempo real, o site já permitia a realização de denúncias anónimas, tornando-se agora numa plataforma ainda mais completa.

Com 81,3% do preço de um maço de tabaco correspondente a impostos, Portugal é terreno fértil para redes ilícitas que operam de forma a maximizar margens e fugir às contribuições fiscais. Esta realidade contrasta com países como França, onde a política fiscal mais severa resultou numa taxa de contrabando próxima dos 40%.

 

Saúde pública também em risco

Apesar de a contrafação representar apenas 1,3% dos cigarros consumidos em Portugal (segundo dados IPSOS de 2024), a sua presença representa um risco relevante de saúde pública. O tabaco legalizado está sujeito a rigorosas normas de qualidade e segurança que não se aplicam a produtos contrafeitos.

O lançamento do contador antecede a realização do II Fórum Não Contrabando, marcado para 18 de junho no Palácio da Independência, em Lisboa. O evento, promovido pela Imperial Brands, reunirá autoridades, especialistas nacionais e internacionais para debater os desafios e soluções no combate ao comércio ilícito de tabaco. A edição deste ano destaca a necessidade de uma ação coordenada entre sector privado, fiscalização e legisladores.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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