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Consumidores mais hábeis a gerir a disrupção

Foto Shutterstock

Quase metade (47%) dos consumidores globais diz estar otimista em relação ao futuro, apesar das preocupações com o aumento do custo de vida (citadas por 73%), as alterações climáticas (63%) e as tensões geopolíticas (51%), segundo um novo estudo da EY.

A última edição do Future Consumer Index da EY, que entrevistou mais de 23 mil consumidores em 30 países, descobriu que estes estão a tornar-se mais hábeis em gerir a disrupção, indicando que a incerteza global se tornou “normalizada” para muitos.

Ao mesmo tempo, os consumidores estão ansiosos para estabelecer a sua própria independência, procurando informações, tomando decisões de forma autónoma, em vez de depender de fontes tradicionais de influência, um cenário que pode apresentar desafios para retalhistas e empresas de grande consumo.

Muitos consumidores estão a recorrer aos canais digitais para obter informações sobre um determinado produto ou serviço, com 57% a dizer que procura envolver-se com comunidades online para aconselhamento ao fazer uma compra, enquanto 61% observa que comprou um produto com base na recomendação de um influenciador. Apenas um quinto (21%), no entanto, clicou e seguiu um anúncio nas redes sociais.

As gerações mais jovens, incluindo a Geração Z (40%) e os Millennials (39%), são mais propensas a envolver-se com comunidades online antes de tomar uma decisão de compra, em comparação com a Geração X (30%) e os Baby Boomers (17%), assim como os consumidores na Ásia (44%), em comparação com 32% nas Américas e 29% em toda a Europa.

 

Círculo de influência

“Para conhecer e se conectar com os consumidores independentes de hoje, os retalhistas precisam entendê-los de uma nova maneira e ganhar um lugar no seu círculo de influência”, comenta Kristina Rogers, líder global de consumo da EY. “Estes consumidores estão a tornar-se mais seletivos sobre quem e o que ouvem, e sentem-se capacitados para exigir um valor justo para o seu tempo e dinheiro. A inteligência artificial e outras tecnologias podem ajudar os retalhistas e as empresas de produtos de consumo a atender algumas dessas necessidades, mas o toque humano, por meio de conexões e envolvimento autênticos e confiáveis, é mais importante do que nunca”.

Quase metade (49%) dos que disseram seguir um influenciador fê-lo porque o conteúdo era valioso, enquanto 44% considerou o conteúdo agradável, segundo o estudo da EY.

 

Resistência aos métodos convencionais

Os consumidores estão a expressar resistência aos métodos convencionais de marketing online, como cookies de terceiros. De acordo com a EY, 36% dos inquiridos considera que os carrinhos de compras pré-preenchidos no checkout são um aspeto negativo da experiência de compra online.

Da mesma forma, 30% considera que os sites que rastreiam os movimentos dos utilizadores pioram a sua experiência de compra online. Além disso, 22% acredita que os anúncios personalizados com base no histórico de navegação ou compras têm um efeito prejudicial na sua experiência de compra online.

“Os dados são rei para as empresas e marcas de produtos de consumo, mas todos eles devem ser transparentes sobre como usam os dados e tornar o mais fácil possível para as pessoas que não desejam partilhar seus dados optarem por não participar”, acrescenta Kristina Rogers. “Se for muito complexo, os consumidores deixarão o site em vez de descobrir como alterar as suas preferências de partilha de dados”.

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