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Coca-Cola estuda entrada no negócio de bebidas à base de canábis

A Coca-Cola está a explorar entrar no negócio das bebidas elaboradas à base de canábis, com o objetivo de estudar segmentos que escapem à desaceleração sentida no consumo de refrigerantes.

De acordo com a Bloomberg, a Coca-Cola está em conversações com a Aurora Cannabis. A multinacional está a analisar os benefícios do negócio num segmento que utiliza as propriedades químicas não psicoativas da marijuana como um ingrediente na elaboração de bebidas saudáveis. De facto, existe uma variedade de marijuana que não contém o componente psicoativo e alterador da consciência THC e que, em contrapartida, contém uma maior quantidade de cannabidiol, o outro componente básico que tem efeitos positivos na saúde. Este componente inibe o crescimento dos tumores cancerígenos, tem um forte poder anti-inflamatório e antissético, alivia a dor e é utilizado no tratamento da epilepsia e diabetes. “Junto com muitas outras empresas do sector das bebidas, a Coca Cola está a analisar de perto a evolução do negócio das bebidas elaboradas à base de canábis não psicoativo como ingrediente das bebidas de bem-estar funcional em todo o mundo. O contexto evolui rapidamente. Não obstante, não se tomou nenhuma decisão a este respeito”, afirma a Coca-Cola em comunicado.

A gigante das bebidas refrigerantes soma-se, assim, a outras grandes empresas do sector das bebidas que querem explorar a crescente indústria do canábis e aproveitar a legislação norte-americana e europeia, que está a mudar e a liberalizar. Mais de uma dezena de países legaram o consumo terapêutico da marijuana, incluindo a Alemanha e a Austrália, e outros estudam a despenalização do seu consumo. Uma parceria entre a Coca-Cola e Aurora representaria a estreia de um grande fabricante de bebidas não alcoólicas no mercado dos produtos à base de canábis, até agora abordado apenas por empresas de bebidas alcoólicas. Por exemplo, a Constellation Brands, fabricante da cerveja Corona, investiu recentemente quatro mil milhões de dólares na Canopy Growth, uma empresa canadense deste sector, assumindo o controlo de 38% do capital.

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