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Cinco tendências tecnológicas que vão mudar o quotidiano das empresas

Transformar a informação em novas áreas de negócio e perceber que o “core” tecnológico das empresas vai ter que mudar nos próximos anos devem ser duas das principais prioridades dos altos quadros executivos portugueses, no que respeita à tecnologia aplicada aos negócios.

Estas são algumas das conclusões da apresentação Tech Trends 2016 que a Deloitte levou a cabo no Lagoas Executive Breakfast, no Parque de Escritórios Lagoas Park, em Oeiras.

A Gartner estima que, até ao final de 2016, estejamos rodeados de seis mil milhões de sensores e que em 2020 esse número aumente para20 mil milhões. “Estes sensores estão espalhados pelo nosso dia a dia e nos edifícios que frequentamos. Mas o mais importante é a informação que eles recolhem sobre nós e sobre o meio ambiente, por exemplo, onde estamos ou a energia que estamos a gastar”, referiu Joaquim Carvalho Ribeiro, partner da Deloitte na área das telecomunicações.

No evento, o especialista partilhou cinco tendências tecnológicas para o presente ano, tendo sido a primeira, precisamente, o tópico“A Internet das coisas: do sentir ao fazer”. Voltando novamente à questão dos sensores, “de acordo com o IDC, mais de quatro triliões de gigabytes de dados serão gerados por estes sensores, dados estes que vamos ter que analisar e partilhar entre parceiros deste ecossistema”, acrescentou o mesmo responsável.

A segunda tendência tem que ver com a “Realidade aumentada e virtual”. Joaquim Carvalho Ribeiro não tem qualquer dúvida que se trata ainda de um tipo de tecnologia com pouca adoção, devido ao custo dos bons equipamentos e pelas suas características pouco sociais. “A realidade virtual é ótima para jogos, no entanto, penso que a realidade aumentada terá uma massificação mais rápida, fruto das aplicações empresariais que pode ter”.

A temática seguinte relaciona-se com a “Industrialização da Análise de Informação”. Para o orador, “mais do que reportar números e KPI’s, temos que retirar conclusões da informação, descobrir novos padrões e transformar essa informação em novas formas de fazer negócio”. O mesmo assegura que o assunto “está no top das prioridades dos CEO’s e CIO’s em Portugal”, mas admite “que existe uma falta de recursos com conhecimentos estatísticos e matemáticos para apoiar as empresas na análise destes dados”, pelo que, defende, “temos de explicar melhor a sua importância às futuras gerações, nomeadamente junto das universidades”.

Em jeito de desafio para os cerca de 30 altos quadros empresariais presentes, e de modo a lançar aquela que é a quarta tendência tecnológica, Joaquim Carvalho Ribeiro perguntou: “Pensem naquele que é o vosso core tecnológico. Esse core vai mudar radicalmente nos próximos anos”. E a justificação é simples. “Os utilizadores querem interagir connosco de um modo diferente e hoje querem soluções simples e rápidas. Caso surja um problema para resolver, não querem utilizar um call-center mas interagir por mensagem ou utilizar uma app”.

A quinta e última tendência apresentada relaciona-se com as “Plataformas Autónomas”. “Enquanto empresas podemos lançar o nosso negócio sem nos termos de preocupar com a infraestrutura, existe uma capacidade quase infinita de processamento e armazenamento à distância de um clique”. Existe igualmente um conjunto infindável de API’s (Application ProgrammingInterface) que possibilitam uma empresa usar o que de melhor tem a Google ou a Uber nas suas app’s ou sites, “pelo que está nas nossas mãos enquanto empresas tirar partido destas tecnologias para explorar novos modelos de negócio”, sublinhou.“Reinventar” é, aqui, apalavra de ordem das empresas, concluiu Joaquim Carvalho Ribeiro.

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