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Ciberataques a organizações portuguesas aumentaram 81% em 2021

Numa análise retrospetiva, a Check Point Research (CPR), área de Threat Intelligence da Check Point Software Technologies, partilha as estatísticas globais e nacionais relativas ao aumento do número de ciberataques que têm como alvo redes corporativas.

Os hackers continuam a inovar. O ano passado, vimos o número de ciberataques por semana em redes corporativas aumentar 50% em comparação com 2020, um crescimento muito significativo. O pico chegou à medida que nos aproximámos do fim do ano, muito devido às tentativas de exploração da vulnerabilidade do Log4J. Novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas”, afirma Omer Dembinsky, Data Research Manager, da Check Point Software. “O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subirem cada vez mais na lista dos mais atacados. A educação, os serviços de administração pública e o sector da saúde constam do top 5 de sectores mais visados em todo o mundo. Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware. Podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia. Recomendo vivamente todos os utilizadores, especialmente quem está nos sectores mencionados acima, a aprender o básico para se protegerem. Medidas simples como descarregar patches, segmentar redes e sensibilizar colaboradores podem fazer muito pela cibersegurança do mundo”, termina o responsável.

 

Portugal

Em 2021, o pico registou-se em dezembro, muito devido à vulnerabilidade no Log4J. Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana, um aumento de 81% face a 2020, com a educação, saúde e administração pública/sector militar como mais visados.

No ano passado, a CPR viu o número de ciberataques por semana contra organizações aumentar 50%, em comparação com 2020. A tendência para o crescimento destas ameaças atingiu um novo pico no final de 2021, com a revelação da vulnerabilidade presente no Log4J, que fez com que o número de ciberataques por semana contra organizações chegasse aos 925, a nível global.

Os sectores mais visados em Portugal foram educação/investigação (+57%), saúde (+108%), administração pública/sector militar (+106%), utilities (+371%) e sector transformador (+84%).

Por Bárbara Sousa

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