Ciberataques
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Ciberataques a dispositivos móveis com aumento considerável em 2022

De acordo com o Relatório Digital Global Statshot publicado em abril de 2022, 67% da população mundial utiliza atualmente um dispositivo móvel. Isto significa que mais de 5,32 mil milhões de pessoas em todo o mundo têm um dispositivo móvel, armazenando cada vez mais informação sensível tanto na memória do dispositivo como na cloud: desde fotografias pessoais a dados bancários, palavras-passe e informação da empresa onde trabalham.

Desta forma, os cibercriminosos encontraram um novo alvo para os seus ataques, com a capacidade de aceder a conteúdos armazenados em smartphones e comprometer qualquer informação relacionada com o utilizador.

Como tem sido o caso nos últimos anos e nos primeiros seis meses de 2022, tem havido um aumento na atividade de malware móvel. Os cibercriminosos acrescentaram smartphones e tablets à lista de alvos prioritários, o que levou a um aumento das ciber ameaças que visam especificamente estes dispositivos“, refere Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec em Portugal.

 

Malware

Segundo o relatório bianual da maior empresa de serviços de cibersegurança da Península Ibérica, existem quatro vias para a distribuição de malware que tem como alvo os dispositivos móveis.

Ataques de smishing, em que os atacantes substituem a identidade de aplicações, de entidades bancárias, de lojas ou de empresas transportadoras. Enviam mensagens que incluem geralmente uma página fraudulenta que pede ao utilizador informações pessoais para roubar credenciais ou um URL que direciona para uma página onde será descarregado malware.

Utilização de Pop-Ups, onde os anúncios em páginas web que incitam os utilizadores a descarregar uma aplicação. Foram observados muitos casos em que os cibercriminosos incitam as suas vítimas a instalar atualizações falsas de software comum.

 

Mercados não oficiais de aplicações

Mercados não oficiais de aplicações é um dos principais locais onde o malware é distribuído. Disponilizam em mercados não oficiais aplicações que parecem legítimas mas que na realidade são malware ou copiam a aplicação fidedigna, para evitar que o utilizador se aperceba de que é falsa, acrescentando-lhe posteriormente código malicioso.

Aplicações com malware em mercados oficiais como o Google Play ou Apple Store. Embora tenham medidas de segurança internas para evitar que aplicações com código malicioso estejam disponíveis para download, tem havido inúmeros casos em que uma aplicação de aspeto legítimo é na realidade uma app que contém alguma forma de malware.

Por Bárbara Sousa

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