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Causeway Bay volta a ser a localização de comércio de rua mais cara do mundo

A Cushman & Wakefield lançou a 30.ª edição do estudo “Main Streets Across the World”, que monitoriza e ordena 446 localizações de retalho em todo o mundo, e onde a 5.ª Avenida, em Nova Iorque, desce para o segundo lugar das cidades mais caras.

O ranking apresentado é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação. Nesta edição, o estudo inclui um ranking de 65 localizações. De acordo com os últimos dados apresentados, Hong Kong ultrapassou novamente Nova Iorque como localização de retalho mais cara do mundo, o que é justificado pela queda abrupta dos valores de renda na cidade norte-americana. As rendas na 5.ª Avenida desceram dos 28.262 euros anuais por metro quadrado para os 20.733, enquanto que em Hong Kong o valor anual de renda por metro quadrado está nos 24.606 euros.

Na Europa o primeiro lugar, terceiro do ranking global é ocupado pela New Bond Street, em Londres, com rendas de cerca de 16.000 euros anuais por metro quadrado, seguida pelos Campos Elísios, em Paris, em quarto lugar, com rendas anuais de 13.992 euros, e a Via Montenapoleone, em Milão, alcançando os 13.500 euros.

Na primeira edição do estudo, em 1988, a localização mais cara do mundo era a rua 57 em Nova Iorque, com rendas de 4.071 euros ao ano o metro quadrado. Já em Portugal a localização de comércio mais cara no mesmo ano era a Avenida da Liberdade, com rendas de 312 euros ao ano o metro quadrado.

Atualmente, em Portugal, a localização mais cara é o Chiado, em Lisboa, que manteve a sua posição no ranking face a 2017, ocupando o 33.º lugar. A renda “prime” na Rua Garrett, eixo de referência no Chiado, tem vindo a registar uma valorização muito significativa desde 2013, ano em que o comércio de rua em Portugal começou um percurso de forte crescimento. Desde esse ano, a renda “prime” nesta localização valorizou 44%.

A renda na Rua Garrett situa-se nos 1.560 euros ao ano por metro quadrado, valor cinco vezes superior ao registado há 30 anos na zona mais cara de Lisboa. Segundo Marta Esteves Costa, associate e diretora do departamento de research & consultoria da Cushman & Wakefield, “a estabilidade de Lisboa no ranking é explicada pelo crescimento do formato de comércio de rua globalmente, fruto de um também aumento do turismo à escala mundial. Ainda assim, as ruas de Lisboa, e também do Porto, mantém-se extremamente atrativas e dinâmicas, revelando a sustentabilidade deste formato de comércio no nosso país, cada vez mais direcionado não só para o turismo, mas também para os residentes. Em Lisboa, ao longo de 2018, assistimos ao alargamento da atratividade do comércio de rua às zonas não ‘prime’, mas cada vez mais apelativas; exemplo deste fenómeno são as Avenidas Novas, que beneficiam do aumento da sua população residente por via do crescimento da oferta de produto residencial, ou o eixo Santos/Cais do Sodré, fruto do crescente fluxo de turistas na cidade”.

Os valores nas restantes zonas de Lisboa e também na cidade do Porto retratam um mercado em crescimento, registando uma evolução positiva desde 2013. Em Lisboa, a renda “prime” na Avenida da Liberdade situa-se nos 1.140 euros por metro quadrado ao ano e a Baixa ultrapassou, pela primeira vez, os valores praticados na Avenida da Liberdade: atualmente nos 1.260 euros por metro quadrado ao ano e retratando um aumento nos últimos nove meses de 20%.

No Porto, os valores são inferiores, mas revelam crescimentos equivalentes: no terceiro trimestre, a renda na Rua de Sta. Catarina cifrava-se nos 900 euros por metro quadrado ao ano, com um aumento mais de 15%.

A análise do índice de procura de retalho da Cushman & Wakefield revela nos primeiros nove meses do ano mais de 250 novas operações de arrendamento nas cidades de Lisboa e Porto, ultrapassando os 53.000 metros quadrados de área ocupada. Lisboa continua a liderar a procura, tendo sido responsável por 71% dos espaços transacionados, ainda assim o Porto tem vindo a ganhar representatividade.

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