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A cadeia de artigos de decoração Casa foi declarada insolvente nos Países Baixos, após semanas de incerteza e falta de pagamento de salários.
A decisão judicial surge como consequência direta da falência da casa-mãe na Bélgica, decretada em março, e que levou ao encerramento de 63 lojas, do centro de distribuição e da sede central, que abasteciam toda a operação internacional.
Foi estabelecido um período de cooling-off de dois meses, durante o qual nenhum bem pode ser removido da empresa, uma vez que a propriedade legal dos stocks ainda está por determinar.
Trabalhadores “surpreendidos”
Apesar de já anteciparem a situação, os representantes dos trabalhadores manifestaram forte desagrado com a forma como o processo foi conduzido. Segundo Allard Lamers, presidente do conselho de trabalhadores da Casa nos Países Baixos, “sabíamos que a falência estava a caminho, mas não esperávamos que fosse feita desta forma, sem qualquer consulta”.
Recorde-se que, há um mês, o próprio conselho laboral já havia solicitado a falência da operação neerlandesa, face à falta de salários e de abastecimento das lojas. Os salários de abril serão agora assegurados pelo UWV, a agência pública de seguros laborais.
Portugal, Espanha, França e Itália com futuro incerto
A Casa tinha já pedido proteção contra credores em França e o destino das lojas em Portugal, Espanha, Itália, Luxemburgo e Suíça continua em aberto. A fragilidade da operação na Bélgica comprometeu toda a cadeia logística, obrigando a uma avaliação jurídica e financeira país a país.
Com o encerramento da operação belga, a principal estrutura de abastecimento europeu da marca desapareceu, dificultando qualquer retoma imediata.
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