O Ministério das Finanças francês pediu a um tribunal que multasse, em 200 milhões de euros, o Carrefour por contratos com lojas franchisadas que, segundo o ministério, eram equilibrados a seu favor.
A Direção-Geral da Política da Concorrência, do Consumo e do Controlo da Fraude (DGCCRF) do Ministério da Economia e das Finanças declarou, num comunicado, que as suas investigações tinham encontrado várias empresas do grupo envolvidas em práticas contrárias ao Código Comercial francês, repora a Reuters.
A DGCCRF solicitou ao Tribunal de Comércio de Rennes que declarasse a nulidade de várias cláusulas dos contratos que ligam os franchisados ao Grupo Carrefour e que impusesse uma sanção pecuniária ao grupo.
O Carrefour contestou as “queixas” do ministério, afirmando que este estava a intervir num litígio que começou há vários meses sem fornecer novas informações sobre o mérito e que tinha “plena confiança” na sua capacidade de demonstrar a validade dos seus contratos. A empresa considerou o montante da coima infundado.
A queixa do ministério faz parte do processo apresentado por cerca de 170 franqueados no final de 2023, disse a DGCCRF.
As declarações confirmam um relatório do jornal francês La Lettre, que publicou uma queixa legal do ministério, alegando que os contratos do Carrefour com lojas franchisadas continham “um desequilíbrio significativo”.