O grupo cervejeiro dinamarquês Carlsberg teve uma forte primeira metade de 2022. Apesar dos desafios – a cervejeira está fortemente exposta à Ucrânia e à Rússia -, Carlsberg ultrapassou os níveis pré-pandémicos de 2019. Além disso, a empresa diz que não está a sofrer qualquer impacto do aumento da inflação nos seus resultados.
As vendas subiram 23,6% para 35,4 mil milhões de coroas dinamarquesas (4,8 mil milhões de euros), fortemente ajudadas pelos efeitos positivos da taxa de câmbio. O volume de cerveja vendido aumentou 8,9%, com a Europa Ocidental a vender mais 10,2% de cerveja e a Ásia mais 13,2%.
“Quando as pessoas gastam menos em férias, carros ou um novo frigorífico, querem pelo menos beber uma cerveja premium no final do dia“, disse o CEO Cees ‘t Hart ao jornal holandês FD.
Carlsberg perdeu cerca de 10,4 milhões de coroas (1,5 milhões de euros) na Rússia e na Ucrânia devido à guerra, o que contribuiu para que o lucro líquido acabasse ligeiramente abaixo de zero. A recuperação no sector hoteleiro e o forte desempenho na Ásia causaram um forte crescimento do lucro operacional (+35,9%), mas isso foi parcialmente compensado por custos mais elevados dos preços das matérias-primas e da energia.
Novo programa de sustentabilidade
A Carlsberg está também a lançar um novo programa de sustentabilidade denominado “Together Towards ZERO and Beyond”, com o qual a cervejeira visa agora uma emissão líquida de carbono de zero até 2040.
Com o programa anterior, o grupo dinamarquês já reduziu as emissões de carbono em 40% e a utilização de água por hectolitro de cerveja em 21% desde 2015.
O CEO ‘t Hart refere “queremos permitir aos consumidores desfrutar de uma grande cerveja, deixando ao mesmo tempo a menor pegada de carbono possível. Para tal, não deixamos nada intocável, desde os cereais e a água que usamos para fabricar, até à reciclagem de garrafas e latas vazias, depois de desfrutar da sua cerveja. Isto é a coisa certa a fazer, para o nosso negócio e para a sociedade“.
