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Bosch aumenta vendas em Portugal em 37% para 1,5 mil milhões de euros

A Bosch terminou o seu ano fiscal de 2017, em Portugal, com vendas no valor de 1,5 mil milhões de euros, incluindo vendas de empresas não consolidadas e serviços internos a empresas parceiras. Tal corresponde a um crescimento substancial de 37% em relação ao ano anterior.

No mercado local, a Bosch Portugal registou vendas consolidadas de 241 milhões de euros, 14% acima em relação ao período homólogo.

A Bosch reforçou a sua posição como um dos maiores exportadores em Portugal com um rácio de exportação superior a 90% da sua produção para mais de 50 países em todo o mundo. Em 2017, o grupo investiu cerca de 84 milhões de euros em Portugal, especialmente na expansão das fábricas em Aveiro, Braga e Ovar, a fim de atender à procura crescente de clientes, mas também na expansão dos centros locais de investigação e desenvolvimento (I&D). “O crescimento sólido verificado em todas as nossas unidades é sustentável e será apoiado por um aumento das nossas atividades de I&D em Aveiro, Braga e Ovar, o que contribui para a competitividade das nossas fábricas”, refere Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal. “Estamos a investigar, desenvolver e produzir soluções em negócios estratégicos para a Bosch, tais como as casas e cidades inteligentes e as soluções de mobilidade”, acrescenta.

Com base nos resultados do primeiro trimestre de 2018, a Bosch prevê uma estabilização do nível alto de produção recentemente alcançado em Portugal.

A área de Soluções de Mobilidade registou, uma vez mais, um crescimento significativo em Portugal, correspondendo a 68% do volume total de vendas em 2017. A Bosch tem sido particularmente bem-sucedida nos sistemas multimédia e de instrumentação, assim como nas soluções de segurança desenvolvidas e produzidas em Braga, tais como o eCall. Este sistema automático de chamada de emergência passou a ser obrigatório na União Europeia desde 31 de março, fazendo com que um primeiro apoio digital, que pede automaticamente ajuda em caso de acidente, esteja sempre abordo. 

A área de Tecnologia de Energia e Edifícios gerou 26% do total de volume de vendas em 2017. As divisões de Termotecnologia e de Tecnologia de Edifícios, com unidades de produção e atividades de desenvolvimento em Aveiro e Ovar, respetivamente, alcançaram bons resultados em vendas de sistemas de aquecimento de água e soluções conectadas.

A equipa Bosch em Aveiro, dedicada a Termotecnologia, é responsável pela gestão da unidade de negócio mundial de aquecimento de água residencial e pelo centro de competências global para soluções de água quente. Nesta localização, soluções inovadoras, focadas na conectividade, eficiência energética e em casas inteligentes e sustentáveis, estão a ser desenvolvidas e produzidas. O desenvolvimento de software para plataformas web e “mobile” para diversas áreas de negócio da Bosch é outro dos focos da equipa de I&D em Aveiro, onde a Bosch começou recentemente a desenvolver e produzir aquecedores elétricos, vendidos ao mercado norte-americano. Não obstante, a empresa expandiu a sua área de produção em Ovar face a novos projetos para as áreas de termotecnologia e eletrodomésticos da Bosch.

Por fim, a área de Bens de Consumo representa 6% do volume total de vendas. “Todas as localizações tiveram um desenvolvimento positivo e contribuíram para a consolidação do nosso negócio no país”, afirma Javier González Pareja, presidente da Bosch em Portugal e Espanha.

Atualmente com cerca de 4.450 colaboradores (dados de 31 de dezembro de 2017), a Bosch é um dos maiores empregadores em Portugal. Em 2017, 480 novos empregos, aproximadamente, foram criados ao longo da cadeia de valor, dos quais 100 são engenheiros. A empresa pretende continuar a recrutar em 2018 no sentido de reforçar as equipas de I&D e irá procurar perfis especializados nas áreas de software, eletrónica, hardware, mecânica, física, entre outras. Mais de 250 profissionais altamente qualificados serão integrados nos centros de I&D em Aveiro, Braga e Ovar até ao final de 2018.

A Bosch é um dos principais empregadores de especialistas em I&D em Portugal, com mais de 560 engenheiros em Aveiro, Braga e Ovar. A empresa trouxe projetos importantes para o país e, em 2017, investiu mais de 25 milhões de euros em investigação e desenvolvimento de novas tecnologias em Portugal. Os projetos têm uma dimensão global e apoiam o desenvolvimento do futuro da condução autónoma e das cidades e casas inteligentes.

Além do foco claro em atividades de I&D, a Bosch continua a expandir os seus serviços partilhados de recursos humanos em Lisboa. Cerca de 100 colaboradores estão a implementar e apoiar os processos de recursos humanos da Bosch na Europa e o uso de ferramentas de TI relacionadas a RH em todo o mundo. A equipa deverá crescer cerca de 15% até ao final de 2018.

A Bosch tem em vista um maior crescimento em 2018, apesar do contexto económico difícil. Após alcançar resultados recorde em 2017, e à luz dos riscos económicos e geopolíticos, o Grupo Bosch espera que o seu volume de vendas cresça 2% a 3% em 2018. Nos primeiros três meses, o volume de vendas gerado pela empresa correspondeu ao nível alto do mesmo período no ano passado, e até aumentou em cerca de 5% quando ajustado a efeitos de câmbio.

A nossa empresa é inigualável quando se trata de combinar conhecimento abrangente em conectividade com indústria ampla e know-how de produto. Esta é a proposta única de valor do Grupo Bosch”, afirmou Volkmar Denner, CEO da Bosch, na conferência de imprensa anual em Renningen. Volkmar Denner considera a melhoria da qualidade de vida e o contributo para a compatibilidade ecológica e climática como o topo da agenda da Bosch. “O nosso ethos ‘Tecnologia para a Vida’ é a nossa motivação para desenvolver as melhores tecnologias possíveis para a proteção ambiental. Pretendemos continuar a apoiar a mobilidade das pessoas, ao mesmo tempo que melhoramos a qualidade do ar”.

Para tornar as zero emissões uma realidade, a empresa está a fazer grandes investimentos tanto na eletromobilidade como na melhoria do motor de combustão. A Bosch alcançou recentemente um marco importante: com a nova tecnologia diesel, os engenheiros Bosch conseguiram reduzir as emissões de óxido de nitrogénio (NOx) para um décimo do limite legal permitido. Em média, os veículos de teste equipados com esta tecnologia já emitem não mais de 13 miligramas de NOx por quilómetro, bastante menos do que os 120 miligramas que serão permitidos após 2020. “Existe um futuro para o diesel. Este irá manter-se como parte integrante das soluções de mobilidade de amanhã”, refere o CEO da Bosch.

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