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Arábia Saudita não deve recuperar em 2019 e 2020

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A Crédito y Caución confirma no seu mais recente relatório a modesta recuperação do crescimento na Arábia Saudita após a recessão de 2017. No entanto, a seguradora de crédito sublinha que as taxas de crescimento previstas para 2019 e 2020 serão muito inferiores à expansão média de 4% que o país registou no período entre 2006 e 2016.

Em 2016, a Arábia Saudita anunciou o seu programa ‘Saudi Vision 2030’, uma reforma económica em grande escala, num prazo de 15 anos, assente na diversificação do crescimento, na redução da dependência do petróleo, na sustentabilidade das finanças públicas e no papel do setor privado. Em novembro de 2018, a Arábia Saudita iniciou a segunda fase deste plano de estímulo à economia, que contempla quatro anos de grandes investimentos em projetos de construção, turismo, transportes, energia e educação. Apesar desta injeção, as empresas privadas sauditas continuam a sofrer as consequências da queda dos preços do petróleo e das medidas de austeridade – novos impostos, cortes nos subsídios, aumento do custo dos serviços públicos e impostos aos expatriados -, que afetam negativamente a procura interna, o crescimento empresarial e as margens comerciais.

Neste contexto, a Crédito y Caución confirma o assinalável aumento dos níveis de incumprimento neste mercado em 2018, uma tendência que se manteve em 2019. “Além da deterioração do comportamento de pagamento no setor privado, o número de atrasos nos pagamentos de projetos de maior envergadura que dependem direta ou indiretamente do financiamento público continuam elevados. Empreiteiros, subcontratados na construção e distribuidores farmacêuticos são afetados principalmente por atrasos nos pagamentos públicos”, refere o relatório.

A Crédito y Caución prevê que a diversificação económica progrida lentamente numa economia dependente das receitas do petróleo e dos apoios do Estado. Os planos para aumentar até 50% a quota de consumo de bens produzidos localmente até 2020 podem ser difíceis de cumprir se a competitividade externa não for incentivada. Por outro lado, o plano de substituir os trabalhadores estrangeiros por nacionais – os sauditas ocupam 90% dos empregos no setor público, mas apenas 19% no setor privado – é dificultado pela rigidez das leis laborais.

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