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Apesar de 70% das empresas do sector alimentar no Reino Unido e nos Estados Unidos já utilizar inteligência artificial (IA), apenas uma em cada cinco reconhece o seu potencial para impulsionar metas de sustentabilidade, revela um novo estudo da Foods Connected.
O relatório analisou mais de 500 retalhistas e fabricantes do sector alimentar, centrando-se na forma como estão a integrar a IA, a superar obstáculos e a planear os próximos investimentos. Segundo o estudo, 49% dos fabricantes está a aplicar tecnologias de IA e machine learning, em contraste com 36% dos retalhistas alimentares. “Ficámos surpreendidos ao perceber que muitas empresas ainda não reconhecem o potencial da IA para apoiar objetivos ambientais, sociais e de governance (ESG), sobretudo tendo em conta a sua capacidade para melhorar a recolha de dados e otimizar cadeias de abastecimento”, afirma Stephanie Brooks, diretora de Investigação e Inovação da Foods Connected. “A IA está num ponto de viragem crítico para o sector alimentar em 2025”.
Investimento futuro está no horizonte
O estudo mostra que 96% das empresas já reservou orçamento para investir em IA, sendo que 59% dos líderes considera essencial reforçar a formação para colmatar o défice de competências digitais. A grande maioria das empresas pretende investir em IA nos próximos cinco anos.
Stephanie Brooks acrescenta que, para além da otimização da produção e da melhoria da experiência do consumidor, o verdadeiro valor da IA só será alcançado se as empresas forem educadas quanto ao seu potencial estratégico. “Os fornecedores de tecnologia têm um papel essencial na educação do sector e na clarificação do retorno sobre o investimento”, sublinha.
Sustentabilidade, segurança e eficiência
As empresas identificam a segurança alimentar e a qualidade do produto como áreas prioritárias onde a IA poderá ter impacto. A integração da inteligência artificial nas cadeias de abastecimento está a evoluir de testes iniciais para compromissos a longo prazo, com foco na segurança, fiabilidade e sustentabilidade.
A IA também começa a ser usada em manutenção preditiva e em processos de fabrico, enquanto os avanços na IA generativa estão a transformar o desenvolvimento de produtos, a experiência do cliente e a eficiência em novas áreas da cadeia de valor, o que abre oportunidades para cumprir metas de sustentabilidade de forma mais eficaz.