De acordo com o mais recente estudo do Observador Cetelem, que analisou as intenções de consumo para os próximos meses, os portugueses continuam a percecionar aumentar mais as despesas do que as poupanças, acentuando-se assim o saldo entre poupanças-despesas (-13%) face a 2013 (-6%). 17% dos consumidores tenciona aumentar as despesas enquanto apenas 5% confirma a intenção de poupar, o valor mais baixo dos últimos anos.
No que diz respeito às intenções de poupança, os portugueses mantêm a tendência dos últimos anos: em 2013, 7% dos inquiridos tencionavam aumentar as suas economias, valor abaixo do verificado no ano anterior (9%). Entre os indivíduos mais propensos ao aumento de poupanças encontram-se os portugueses dos 25 aos 34 anos e dos 45 aos 54 anos (22% e 18%, respetivamente).
Despesa
Relativamente às intenções de aumentar as despesas, verifica-se uma tendência inversa. Em 2012 apenas 9% dos portugueses tencionavam aumentar as despesas, valor que ascendeu para os 13% em 2013 e para os 17% este ano. Consumidores entre os 55 e 65 anos são aqueles que menos intenção têm de aumentar despesas (85%).
“Com a crise económica e financeira que abalou a Europa, muitos consumidores viram os seus rendimentos decrescerem substancialmente, o que os obrigou também a uma ginástica orçamental acrescida. Apesar da crescente consciencialização da importância da poupança, têm faltado a muitos consumidores os meios necessários para aumentarem as suas economias”, explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem em Portugal.