A Amazon está a redesenhar o seu modelo de negócio na Europa, contemplando a redução do número de distribuidores que fornecem produtos no seu marketplace para negociar diretamente com os fabricantes.
Ao contrário dos comerciantes externos, que gerem o processo de vendas, os distribuidores atuam como intermediários entre a Amazon e as marcas retalhistas, comprando o stock do fabricante do produto e, em seguida, vendendo-o à gigante do comércio eletrónico.
A Amazon já informou os seus distribuidores na Europa que deixará de fornecer os seus produtos nos próximos meses, de acordo com um comunicado visto pela CNBC.
“Como é comum em todas as empresas, revemos regularmente a nossa abordagem ao fornecimento de produtos, à medida que tentamos controlar os nossos custos e manter os preços baixos para os clientes. Para este fim, decidimos concentrar-nos em fornecer certos produtos para as nossas lojas europeias diretamente dos proprietários de marcas”, disse a Amazon.
Maior controlo
A Amazon vai adiar a implementação desta mudança no seu modelo até abril, para ajudar os grossistas e distribuidores a prepararem-se. No entanto, esses intermediários ainda poderão vender produtos como comerciantes externos. “Continuaremos a comprar produtos dos grossistas e fornecedores que detêm as marcas ou que concederam os direitos de venda e distribuição desses produtos. Tanto os grossistas como os distribuidores podem continuar a trabalhar com a Amazon e, se decidirem, podem vender os seus produtos diretamente na nossa loja através do Amazon Marketplace, como qualquer um dos nossos parceiros comerciais”.
Ao cortar os laços com os distribuidores, a Amazon ganha maior controlo sobre as suas relações com marcas que querem vender os seus produtos no portal, incluindo maior influência sobre custos e a seleção de produtos, explica Martin Heubel, que dirige uma agência de consultoria que ajuda os fornecedores a fazerem negócios na Amazon.
