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Amazon é oficialmente um supermercado no Reino Unido

No Reino Unido, a Amazon é, oficialmente, uma rede de supermercados. A Autoridade Britânica de Concorrência e Mercados (CMA) aplicou à gigante do e-commerce esta categorização, para evitar práticas comerciais desleais.

A Amazon está, gradualmente, a crescer no retalho alimentar britânico, com uma faturação total que ultrapassou a fasquia de mil milhões de libras. Para o órgão de fiscalização da concorrência, este foi um sinal para agir: todo o retalhista britânico que vende produtos alimentares no valor de mais de mil milhões de libras é considerado um retalhista alimentar e deve cumprir um código de conduta (Groceries Supply Code of Practice).

Este  conjunto de regras envolve a formação e rescisão de contratos com os fornecedores. Entre outros aspetos, o código estipula que os retalhistas não podem alterar, repentinamente, os seus contratos de fornecimento. As redes de supermercados devem fornecer um motivo e respeitar um determinado período de aviso ao encerrar uma parceria. A conformidade é monitorizada por uma entidade independente, com quem os fornecedores também podem entrar em contcato em caso de reclamações.

 

“Precedente assustador”

No passado, a Amazon opôs-se, veementemente, a um possível reconhecimento como cadeia de supermercado. A empresa disse que seria um “precedente assustador“, segundo o Financial Times, e argumentou que a sua divisão de produtos alimentares, no Reino Unido (a empresa Fresh & Wild), mal chega aos 100 milhões de libras em faturação nas sete lojas.

O órgão de fiscalização da concorrência o não aceitou esse argumento, visto que a Amazon EU também vende produtos alimentares no Reino Unido. Além disso também opera 15 supermercados Amazon Fresh, sete lojas Whole Foods e uma Amazon Go, no Reino Unido, coopera com a cadeia de supermercados britânica Morrison’s e tem uma participação minoritária na Deliveroo.

As famílias em todo o Reino Unido estão a usar cada vez mais a Amazon para comprar produtos alimentares e outros bens essenciais. A decisão de designar a Amazon como supermercado ajuda a garantir condições equitativas para as empresas ativas no sector alimentar, à medida que os hábitos de compra das pessoas evoluem“, afirma Adam Land, do CMA. “Estas regras significam que as milhares de empresas que fornecem produtos alimentares à Amazon estão agora protegidas de possíveis práticas comerciais desleais”, concluiu.

Por Bárbara Sousa

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