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Alterações climáticas aumentam o Risco País

Economias emergentes de África, América Latina e Ásia-Pacífico são as mais afetadas pelas consequências económicas das alterações climáticas

Foto Shutterstock

As alterações climáticas têm um impacto negativo nas economias mundiais, nas finanças públicas dos países mais afetados e no comércio internacional. As suas consequências económicas aumentam o Risco País associado às exportações e à contratação internacional.

De acordo com o mais recente estudo divulgado pela Crédito y Caución, as economias emergentes de África, América Latina e Ásia-Pacífico são as mais afetadas pelas consequências económicas das alterações climáticas, que “afetam de várias formas o Risco País relacionado com o comércio externo“, por envolverem “grandes prejuízos económicos e financeiros“.

 

Alterações na precipitação

As alterações nos padrões de precipitação, no sentido de uma maior frequência de eventos climáticos extremos, vão ter um impacto negativo na saúde pública, na agricultura e no fornecimento de energia. As economias dos países africanos, onde, em muitos casos, a agricultura intensiva representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), são as mais expostas à perda de colheitas.

As alterações na precipitação também podem ter um impacto negativo no fornecimento energético. A energia hidroelétrica tem um peso muito relevante no mix de muitos países da América Latina e, em menor escala, na Ásia. Em África, a capacidade hidroelétrica deverá aumentar a leste, onde as chuvas vão aumentar, e diminuir a sul devido às secas.

 

Subida do nível do mar

A ameaça económica da subida do nível do mar é especialmente relevante para as economias da Ásia-Pacífico e das Caraíbas, em particular nos estados insulares, assim como o aumento dos desastres naturais nas áreas costeiras, onde as economias mais expostas estão localizadas na Ásia-Pacífico, na América Central e no Caribe. “Muitas economias emergentes são vulneráveis a um ou mais elementos associados às alterações climáticas. O calor, a seca e as alterações nos padrões de precipitação são uma grande ameaça para a África, onde a agricultura é intensiva. A subida do nível do mar e o aumento dos desastres naturais nas zonas costeiras criam problemas na Ásia, no Pacífico e nas Caraíbas”, conclui o relatório.

O estudo da Crédito y Caución prevê um aumento da atividade económica no combate às alterações climáticas. As empresas dedicadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, à construção de centrais de irrigação e de dessalinização ou às energias renováveis vão aumentar a sua atividade em África. As oportunidades criadas para as empresas ativas na construção de parques eólicos offshore são muito menores.

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