Pela primeira vez em três décadas, a Adidas reportou um prejuízo anual. No entanto, o diretor executivo, Bjorn Gulden, considerou os resultados “melhores do que o esperado”.
O resultado líquido caiu de um lucro de 612 milhões de euros em 2022, para um prejuízo de 75 milhões de euros no ano passado.
As vendas também caíram 5%, para 21,4 mil milhões de euros, principalmente devido a efeitos cambiais negativos. Na América do Norte, em especial, as vendas foram dececionantes: as lojas nos Estados Unidos debateram-se com uma menor procura e com existências excedentárias, o que fez com que as vendas caíssem 16% no ano passado. No quarto trimestre, as vendas registaram mesmo uma descida de 21%.
Atraso devido ao Mar Vermelho
Globalmente, as vendas de vestuário caíram 13% no quarto trimestre, enquanto as vendas de calçado cresceram 8%. A Adidas está a apostar mais fortemente nos seus modelos vintage, capitalizando as novas tendências. A venda a retalho em outlets ajudou a reduzir os stocks em quase um quarto.
A Adidas está cautelosamente positiva em relação a 2024: os resultados deverão melhorar, com um crescimento de, pelo menos, 10% no segundo semestre. No entanto, a marca receia perder cerca de 5% das vendas na América do Norte este ano. A crise do Mar Vermelho está também a provocar um abrandamento de duas a três semanas, o que poderá vir a afetar o capital de exploração.
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